sábado, 15 de março de 2014

Leituras do 2º Domingo do


1ª Leitura: Gn 12,1-4a                  Salmo: 33(32)                   2ª Leitura: 2Tm 1,8b-10
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Evangelho:  Mt 17,1-9
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Seis dias depois, Jesus levou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e os fez subir a um lugar retirado, numa alta montanha. E foi transfigurado diante deles: seu rosto brilhou como o sol e suas roupas ficaram brancas como a luz. Nisto apareceram-lhes Moisés e Elias, conversando com Jesus. Pedro, então, tomou a palavra e lhe disse: “Senhor, é bom ficarmos aqui. Se queres, vou fazer aqui três tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra para Elias”. Ainda estava falando, quando uma nuvem luminosa os cobriu com sua sombra. E, da nuvem, uma voz dizia: “Este é o meu filho amado, nele está meu pleno agrado: escutai-o!” Ouvindo isto, os discípulos caíram com o rosto em terra e ficaram muito assustados. Jesus se aproximou, tocou neles e disse: “Levantai-vos, não tenhais medo”. Os discípulos ergueram os olhos e não viram mais ninguém, a não ser Jesus. Ao descerem da montanha, Jesus recomendou-lhes: “Não faleis a ninguém desta visão, até que o Filho do Homem tenha ressuscitado dos mortos”.
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Reflexão
A liturgia da palavra deste segundo domingo da Quaresma tem como intenção esclarecer a fé e fundar a esperança do povo de Deus. O livro do Gênesis, como o próprio nome o sugere, é o livro das origens; origem do universo com tudo o que contém e origem do povo de Deus; é o livro da origem do mal, mas também da fé no Deus único e verdadeiro. O texto de hoje do livro do Gênesis visa nos fazer compreender o dinamismo que está na origem de nossa fé. Em primeiro lugar, está a palavra que Deus dirige ao ser humano (Gn 12,1-3). No início da fé está um convite de Deus, um convite a sair, um convite à felicidade e à realização do ser humano. Felicidade e realização que estão contidas no verbo “abençoar”. Como a graça de Deus não é exclusiva, essa promessa e bênção dizem respeito a toda a humanidade (v. 3). No início de nossa fé está a palavra de Deus que convida o ser humano, guiado pela palavra do Senhor, a fazer uma migração para poder ser feliz. Para poder encontrar a felicidade e vivê-la como dom é preciso “sair” de si mesmo, de suas seguranças pessoais e se deixar conduzir por Deus.
O relato da transfiguração do Senhor é a sequência do primeiro anúncio da paixão, morte e ressurreição do Senhor e a apresentação das exigências para seguir Jesus (Mt 16,21-23.24-28). Os discípulos têm dificuldade de aceitar o messianismo apresentado por Jesus, que passa pelo sofrimento e pela morte. O caminho do discípulo, no entanto, é o mesmo do Mestre. A transfiguração é uma prolepse do mistério pascal de Jesus Cristo. Rosto brilhante como o sol, vestes brancas como a luz são expressões do modo bíblico de dizer que se trata de uma revelação de Deus. O que sustenta nossa vocação cristã, o que sustenta nossa fé, é a graça da ressurreição do Senhor. O sofrimento e a morte não são a última palavra. O Senhor, ressuscitando dos mortos, venceu o mal e a morte; glorioso, nos faz participantes de sua vitória. Esse é o conteúdo da esperança cristã. É preciso manter os ouvidos abertos e o olhar fixo no Senhor, que passou pelo sofrimento e pela morte, e ressuscitou. A experiência dos efeitos de sua ressurreição conduzem os discípulos, todos nós, a vivermos a adesão à pessoa de Jesus Cristo no cotidiano de nossa vida.
                                                                                     Carlos Alberto Contieri, sj
            Reflexão: paulinas.org.br     Banner: news.va      Ilustração: franciscanos.org.br
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