Papa alerta para o risco da cegueira interior:
“Ir rumo à luz do Senhor”
Cidade do
Vaticano (RV) – O Papa Francisco rezou neste domingo, 30, a oração mariana
junto com os fiéis no Vaticano. Graças também ao dia ensolarado de primavera, a
Praça São Pedro estava completamente lotada e o clima foi de grande alegria.
Francisco apareceu às 12hs em sua janela desejando ‘bom domingo’ a todos e
retribuindo com sorrisos o carinho das pessoas presentes.
O Pontífice fez
uma alocução baseada no Evangelho do dia, de João, que conta o episódio do
homem cego de nascença a quem Jesus doa a vista. O milagre é narrado por João
em apenas dois versículos, porque o evangelista não queria atrair a atenção
para o milagre em si, mas para o que aconteceu depois, para a discussão que ele
acarretou.
Os ‘doutores da
lei’ não acreditavam que o cego tivesse sido curado por Jesus. Interrogaram o
homem e crivaram de perguntas seus pais, enquanto o cego curado se aproximou da
fé. Esta foi a maior graça que Jesus lhe fez: não só a de ver, mas a de
conhecê-Lo, Ele que é “a Luz do mundo”.
Abramo-nos à luz do Senhor |
“Enquanto o cego
se aproximava gradualmente da luz, os ‘doutores da lei’, ao contrário, caíam
sempre mais na cegueira interior. Obtusos em sua presunção, acreditavam já ter
a luz; e por isso, não se abriram à verdade de Jesus. Fizeram de tudo para
negar a evidência, até conseguir expulsar o homem curado do templo, excluindo-o
da sociedade”.
O cego curado,
por sua vez, não sabia nada de Jesus. Primeiramente O considerava um profeta e
depois, um homem próximo de Deus. Mas depois de ser afastado do templo, Jesus o
reencontrou e “abriu seus olhos” pela segunda vez, dizendo-lhe quem era. Àquela
altura, ele exclamou: “Creio Senhor” e se ajoelhou diante de Jesus.
O Papa admitiu
que “a nossa vida, às vezes, parece com a do cego que se abriu à luz, a Deus e
à sua graça. Mas às vezes, infelizmente, é como a dos ‘doutores da lei’: do
alto de nosso orgulho, julgamos os outros, e até o Senhor!”. “A luz de Cristo,
que nos foi dada no Batismo, nos ajude a nos comportarmos com humildade,
paciência e misericórdia”, completou Francisco, dando uma sugestão:
“Voltando a suas
casas, peguem o Evangelho de João e leiam o capítulo 9. Fará bem a todos. E nos
questionemos como está o nosso coração: aberto ou fechado a Deus e ao
próximo?”.
“Sempre temos em
nós algum ‘fechamento’ consequente do pecado, de nossos erros. Não tenhamos
medo; abramo-nos à luz do Senhor, Ele nos espera sempre para nos perdoar, não
nos esqueçamos!”.
Após a sua
reflexão, o Papa rezou a oração mariana e concedeu a todos os presentes a
bênção apostólica. Em seguida, saudou os grupos credenciados e se despediu dos
fiéis, como sempre, desejando 'bom domingo e bom almoço'. (CM)
Fonte: radiovaticana.va news.va
..............................................................................................................................
Nenhum comentário:
Postar um comentário