domingo, 4 de maio de 2014


Papa no Regina Coeli:
"Escrituras e Eucaristia 
indispensáveis no encontro com o Senhor" 

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco rezou a Oração do Regina Coeli na manhã deste 3º Domingo de Páscoa, junto a milhares de peregrinos que lotavam a Praça São Pedro e adjacências. Da janela do apartamento Pontifício, o Santo Padre refletiu sobre a passagem dos discípulos de Emaús, da Liturgia do dia, onde o “partir o pão torna-se o novo sinal da presença de Jesus”. “Palavra de Deus e Eucaristia, nos enchem de alegria”, afirmou. Após a reflexão e a oração do Regina Coeli, o Papa recordou a “grave” situação vivida na Ucrânia e as milhares de vítimas de um deslizamento de terra no Afeganistão. 
Eucaristia:
Pão da vida eterna
A reflexão de Francisco foi inspirada no Evangelho do dia, onde “dois discípulos de Jesus, após a sua morte e passado o sábado, deixam Jerusalém e retornam tristes e abatidos, em direção ao povoado, chamado Emaús”. Eles não reconhecem Jesus ao longo do caminho, que inicialmente, então, os ajudam a entender que “a paixão e a morte do Messias estava prevista no plano de Deus e eram pré-anunciadas nas Sagradas Escrituras”. E assim “reascende um fogo de esperança nos seus corações”.
Movidos por uma extraordinária atração por Jesus, os discípulos o convidam para permanecer com eles naquela noite. E quando Jesus está à mesa, “abençoa o pão e o parte, eles o reconhecem, mas ele desaparece de suas vistas, deixando-os plenos de estupor. Após terem sido iluminados pela Palavra, haviam reconhecido Jesus ressuscitado no partir o pão, novo sinal de sua presença”: 
“O caminho de Emaús torna-se assim o símbolo do nosso caminho de fé: as Escrituras e a Eucaristia são os elementos indispensáveis no encontro com o Senhor. Também nós vamos frequentemente à Missa dominical com nossas preocupações, as nossas dificuldades e desilusões .... A vida, às vezes, nos fere e nós vamos embora tristes, em direção à nossa ‘Emaús”, virando as costas ao plano de Deus. Mas nos acolhe a Liturgia da palavra: Jesus nos explica as Escrituras e reacende nos nossos corações o calor da fé e da esperança”. 
Igreja: Povo de Deus
Após, Francisco reiterou a importância da Palavra e Deus e da Eucaristia:
“Palavra de Deus-Eucaristia. Ler cada dia um trecho do Evangelho. Recordem bem! Cada dia um trecho do Evangelho. E no domingo comungar, receber Jesus. Assim aconteceu com os discípulos de Emaús. Acolheram a palavra, partilharam o pão e de tristes e derrotados – e assim se sentiam -, tornaram-se alegres. Sempre, caros irmãos e irmãs, a Palavra de Deus e a Eucaristia nos alegram”.
O Santo Padre observou que “na Liturgia Eucarística, Jesus se dá a nós, no Pão da vida eterna. A Missa, presença viva de Jesus ressuscitado – uma presença que se expressa na Palavra e na Liturgia – nos ilumina e nos conduz em direção à Jerusalém, isto é, em direção à comunidade de irmãos e a comunidade dos homens, onde se vive a partilha e a missão”.
Ao concluir, o Santo Padre pede, por intercessão de Maria santíssima, que rezemos para que cada cristão, revivendo a experiência dos discípulos de Emaús, especialmente na Missa dominical, redescubra a graça do encontro transformante com o Senhor ressuscitado. Existe sempre uma Palavra de Deus que nos dá a orientação após as nossas debandadas; e através as nossas fadigas e desilusões existe sempre um Pão partido que nos faz seguir em frente no caminho”. 
Ao final do tradicional encontro dominical, o Papa saudou os presentes, em especial a Associação Meter - a quem conclamou a continuar a luta contra todo o tipo de abuso a menores, dizendo um "Obrigado pelo trabalho de vocês!" - e os participantes da Caminhada pela Vida, que "neste ano tem um caráter internacional e ecumênico".
E por fim, o já tradicional "Bom almoço e até logo!". (JE)
..................................................................................................................................................


Santo Padre pede orações pela Ucrânia e Afeganistão


Após a Oração do Regina Coeli, o Papa Francisco referiu-se à “grave” situação na Ucrânia, onde a divisão interna pode levar a uma guerra civil e ao Afeganistão, onde um deslizamento de terra provocou a morte de centenas de pessoas.
Vítimas da falta de amor
“Desejo convidar-vos a confiar a Nossa Senhora a situação na Ucrânia onde não cessam as tensões. É grave! Rezo com vocês pelas vítimas destes dias, pedindo que o Senhor infunda nos corações de todos sentimentos de pacificação e fraternidade.
Rezemos também pelas pessoas falecidas pelo enorme deslizamento de terra que ocorreu dois dias atrás em um povoado no Afeganistão. Deus Todo-poderoso, que conhece o nome de cada um deles, acolha a todos na sua paz e conceda aos sobreviventes a força para prosseguir a vida, com a ajuda daqueles que se empenham em aliviar seus sofrimentos”. 
Na última sexta-feira, em Odessa, na Ucrânia, 42 militantes pró-Rússia - que haviam tomado uma sede do governo local -, morreram quando o prédio foi atacado e incendiadado por nacionalista ucranianos. Os conflitos crescem no país e a tensão com a Rússia aumenta a cada dia, com troca de acusações entre os dois governos.
No Afeganistão, por sua vez, a zona do povoado soterrado na sexta-feira por um deslizamento de terra na província setentrional de Badakhshan, deverá tornar-se um “cemitério coletivo”. Foi o que anunciou o Governador provincial, Shah Walihullah Adeeb. Neste sábado, as autoridades locais decidiram não prosseguir nas buscas das centenas de corpos sepultados sob toneladas de terra, lama e pedras. O balanço oficial divulgado ontem pelas Nações Unidas era de 350 mortos, mas fontes locais indicam que este número pode chegar a 2 mil. (JE)
                                                                  Fonte: radiovaticana.va     news.va
.....................................................................................................................

Nenhum comentário:

Postar um comentário