quarta-feira, 7 de maio de 2014

Coletiva de Imprensa desta quarta na 52ª Assembleia da CNBB

Bispos falam do diretório de Comunicação,
 rumos da juventude e questão agrária

Na tarde desta quarta-feira (07) os bispos Dom Eduardo Pinheiro, Dom Enemésio Lazzaris e o cardeal Dom Orani João Tempesta atenderam a imprensa presente na cobertura da 52ª Assembleia Geral da CNBB e falaram sobre a aprovação do Diretório de Comunicação, o rumos da juventude após a JMJ e a questão agrária
O Cardeal Dom Orani, Arcebispo da Arquidiocese do Rio de Janeiro (RJ), contou sobre a trajetória do Diretório de Comunicação até a sua aprovação em março passado
Dom Orani João Tempesta
“O diretório nasceu em uma das assembleias dos bispos, de uma preocupação principalmente com relação às transmissões de ações litúrgicas. Fiz uma proposta a partir do conhecimento da existência desse diretório em outras línguas e foi aceita pelos bispos. Foram muitas mudanças, foi muito difícil, pois quando chegávamos a um texto muitas questões já haviam mudado”, relata.
Para o cardeal o documento é um estudo que interessa aos comunicadores que trabalham não só em meios católicos, mas a todos.
“O Diretório interessa muito aos que trabalham na comunicação católica, mas também a todos pesquisadores, comunicadores porque é uma opinião da Igreja sobre a comunicação, um documento da CNBB sobre a comunicação depois do Concílio Vaticano II”, destaca.
Sobre a avaliação da Jornada Mundial da Juventude, Dom Orani que esteve em Roma no Domingo de Ramos para a passagem dos símbolos da JMJ aos poloneses, disse que ouviu uma boa avaliação do encontro mundial da juventude realizado no Brasil.
“A nossa avaliação foi muito positiva, escutamos muitos representantes de dioceses de diversos países que nos disseram como os jovens voltaram entusiasmados para seus países, suas dioceses”, contou.
Dom Eduardo Pinheiro
Dom Eduardo Pinheiro, bispo auxiliar de Campo Grande (MS) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude também falou dos rumos da juventude com o balanço da JMJ.
O bispo fez uma ponderação sobre o antes, o durante, o pós JMJ e como os jovens protagonizaram e rederam frutos.
“Antes tivemos a peregrinação dos símbolos na maioria das dioceses, momento em que os jovens se mobilizaram, se organizaram. Durante a JMJ e até uma semana antes tivemos a semana missionária em que muitas dioceses receberam peregrinos, um momento de intercâmbio, respeito e que fez com que os jovens saíssem muito entusiasmados para a JMJ”, avaliou.
Para os rumos da juventude Dom Eduardo falou do encontro de revitalização da pastoral juvenil que aconteceu depois da JMJ.
“No encontro tivemos 8 conclusões, mas destaco 3 delas a missão, a assessoria e o setor diocesano. A missão de despertar no jovem essa ardor missionário, não só missão na Igreja, mas também na sociedade. Na Assessoria verificamos que falta adultos acompanhando os jovens, queremos mudar isso colocando os adultos mais próximos e assessorando a juventude e no setor diocesano queremos a partir do espaço que existe na diocese fazer com que a juventude seja mais forte”.
Dom Eduardo destacando a questão da missão do Jovem falou da abertura das inscrições para o projeto Missão Jovem na Amazônia que abriu o cadastro na última segunda-feira (05) com 70 vagas e já recebeu até hoje (07) 2131 inscrições e mais de 130 mil visualizações na página “Jovens Conectados”.
“Isso é só para ter uma ideia da vibração dos jovens que vai além do que conseguimos imaginar”, finalizou.
Dom Enemésio Lazzaris
Sobre a questão agrária o bispo de Balsas (MA) e presidente da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Dom Enemésio Lazzaris, fez uma síntese do documento 99 que trata do assunto e deve ser aprovado na 52ª Assembleia Geral, documento este que vem sendo debatido pelos bispos há pelo mesmo cinco assembleias.
“O documento da questão agrária mostra a missão, o envio para os desafios pastorais, é uma palavra não só para nós bispos, mas para toda a sociedade. Nós acreditamos que esse documento poderá ser apresentado aos candidatos mostrando a posição da Igreja sobre as questões da terra e o papel social da terra”.
Sobre o caderno dos conflitos da Terra 2013 dom Enemésio falou sobre os dados e como o envolvimento dos indígenas chama atenção.
“O que chama a tenção é o envolvimento dos indígenas nos conflitos de 1266 conflitos 205 envolveram índios”, ponderou.
A 52ª Assembleia Geral continua os trabalhos com os bispos até sexta-feira (09) em Aparecida (SP).
                                                                                            Texto e fotos: a12.com 
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