“Não resistir à ação do Espírito Santo”
A celebração
eucarística da manhã desta terça-feira (6), na programação da 52ª Assembleia
Geral da CNBB, teve como intenção especial o trabalho da Igreja na Amazônia. O
arcebispo de Manaus (AM), dom Sérgio Eduardo Castriani, presidiu a celebração,
que foi concelebrada pelos bispos das dioceses que estão na área da chamada
Amazônia Legal.
Ao retomar o
relato do martírio de Santo Estevão, que está na primeira leitura da liturgia
de hoje, dom Sérgio destacou que este foi o primeiro de uma longa lista de
mártires cristãos. “É uma realidade sempre atual, assim como a missionariedade
e a caridade fazem parte da natureza da Igreja e a força dos mártires vem do
Espírito e da visão de Jesus”, disse.
No texto do
Evangelho de hoje, Jesus encontra a incompreensão por parte da multidão, que
depois da multiplicação dos pães, ainda pede mais sinais. O arcebispo recordou
a promessa de Cristo, que dá o Pão da vida. “O convite da Páscoa, tempo em que
encontramos o Cristo Ressuscitado, é que nos deixemos conduzir pelo Espírito, e
O anunciemos aos homens e mulheres de hoje, com o testemunho, o diálogo e a
doação da vida se for preciso. Somos enviados a anunciar a misericórdia de
Deus, que ressuscitou Jesus entre os mortos, e isso fazemos servindo a todos”,
completou.
Dom Sérgio
também recordou a memória dos missionários e missionárias que, movidos
unicamente pela fé, doaram a sua vida pela missão da Igreja na Amazônia.
“Anunciaram o Evangelho. Os missionários também levaram educação, saúde,
organização política, cidadania”, lembrou. O arcebispo recordou que esta ação
só foi possível porque estes homens e mulheres se deixaram conduzir pelo
Espírito Santo, especialmente “numa região em que o sopro do Espírito pode ser
sentido quase que fisicamente, na exuberância da Criação”
Durante a
reflexão, o arcebispo de Manaus explicou que a resistência à ação do Espírito
leva à destruição, exclusão e morte, tão presentes na região Amazônica na
degradação do meio ambiente e no tráfico humano. “Por isso, somos chamados a
viver segundo o Espírito e deixar-nos conduzir por ele. Como nos recordou o
papa Francisco, a Amazônia é um banco de provas para a Igreja e a humanidade. E
devemos nos orgulhar de nossos mártires, de nossas comunidades, de nossos
agentes de pastoral, que ao longo dos rios, igarapés, nas grandes cidades
amazônicas, dão testemunho de Jesus”, ressaltou
Ao final da
reflexão, dom Sérgio agradeceu a solidariedade da Igreja no Brasil à missão
Amazônia, e fez um convite. “Que rejeitemos tudo o que se opõe à nossa vocação
e leva à morte. Que abracemos a tudo o que honre ao nome que recebemos:
cristãos”, concluiu.
Fonte: a12.com Foto: cnbb.org.br
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