Caminhem contracorrente e com coragem digam sim a Cristo
Cidade do
Vaticano (RV) - Tenham a coragem de caminhar contracorrente e de não
deixar que a esperança lhes seja roubada por valores que fazem mal como o
alimento estragado.
Foi a exortação
que o Papa Francisco elevou em alta voz no Angelus deste domingo,
diante de cerca de 80 mil fieis reunidos na Praça São Pedro.
O Santo Padre
recordou os mártires de hoje que, mais do que no passado, "pagam a caro
preço" o compromisso com a verdade e o Evangelho.
O tom enfático
do Papa Francisco e a sua gestualidade dão, de modo "físico", o
conceito expresso pelas palavras: o Evangelho é uma causa para mulheres e
homens impávidos, aqueles que – ontem como hoje, e hoje são mais numerosos do
que ontem – não dão marcha a ré se entreveem que a sua fidelidade a Cristo
corre o risco de se tornar perigosa ou até mesmo fatal.
De fato, com tom
veemente o Papa recordou quantos "homens retos" preferem
"caminhar contracorrente para não renegar a voz da consciência, a voz da
verdade":
Abençoando uma criança |
"Pessoas
retas, que não têm medo de caminhar contracorrente! E nós não devemos ter medo,
mas a vocês jovens, e que são tantos, digo: não tenham medo de caminhar
contracorrente, quando nos querem roubar a esperança, quando nos propõem
valores que são valores deteriorados, valores como a comida estragada e quando
uma comida se estragou, nos faz mal; esses valores nos prejudicam. Mas devemos
caminhar contracorrente! E vocês jovens, sejam os primeiros: caminhem
contracorrente e tenham este orgulho de caminhar justamente contracorrente."
O Pontífice
tomou como modelo São João Batista, cuja festa litúrgica se celebra nesta
segunda-feira, e o indicou como um mártir da verdade igualmente a todos aqueles
que, do alvorecer da Igreja até os dias atuais, derramaram e derramam o sangue
por amor a Jesus:
"Os
mártires são o máximo exemplo do perder a vida por Cristo. Em dois mil anos são
uma fileira os homens e as mulheres que sacrificaram a vida para permanecer
fiéis a Jesus Cristo e ao seu Evangelho. E hoje, em tantas partes do mundo, são
muitos, muitos – mais do que nos primeiros séculos – muitos mártires que dão a
própria vida por Cristo, que são levados à morte por não renegar Jesus Cristo.
Essa é a nossa Igreja. Hoje temos mais mártires do que nos primeiros séculos."
Mártires também
de um "martírio cotidiano" o qual, repetiu o Papa, nem sempre passa
pelo sangue, mas comumente por aquela "lógica de Jesus, a "lógica da
doação", que faz cumprir "o próprio dever com amor":
"Quantos
pais e mães todos os dias colocam em prática a sua fé oferecendo concretamente
a sua vida pelo bem da família! Pensemos nisso: quantos sacerdotes, irmãos,
irmãs religiosas realizam com generosidade o seu serviço pelo Reino de Deus!
Quantos jovens renunciam a seus interesses para se dedicar às crianças, aos
portadores de deficiência, aos anciãos... também eles são mártires! Mártires
cotidianos, mártires da cotidianidade!"
Dito isso, o
Pontífice quis mais uma vez deixar a sua exortação. Reiterou: "Não tenham
medo de caminhar contracorrente! Sejam corajosos! E assim, como não queremos
comer uma comida estragada, não carreguemos conosco estes valores deteriorados
e que prejudicam a vida e tiram a esperança. Adiante!"
O Santo Padre
concedeu aos cerca de 80 mil presentes na Praça São Pedro a sua Bênção
apostólica. (RL)
Fontes: www.news.va www.radiovaticana.va..............................................................................................................................................
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