sábado, 1 de junho de 2013

Leituras do Domingo - 2 de junho de 2013

9º do Tempo Comum

1ª Leitura: 1Rs 8,41-43                     Salmo: 116              2ª Leitura: Gl 1,1-2.6-10

Evangelho: Lc 7,1-10


O centurião romano se prostra diante de Jesus
Quando terminou de falar estas palavras ao povo que o escutava, Jesus entrou em Cafarnaum. Havia um centurião que tinha um servo a quem estimava muito. Estava doente, à beira da morte. Tendo ouvido falar de Jesus, o centurião mandou alguns anciãos dos judeus pedir-lhe que viesse curar o seu servo. Quando eles chegaram a Jesus, recomendaram com insistência: “Ele merece este favor, porque ama o nosso povo. Ele até construiu uma sinagoga para nós”. Jesus foi com eles. Quando já estava perto da casa, o centurião mandou alguns amigos dizer-lhe: “Senhor, não te incomodes, pois não sou digno de que entres em minha casa. Por isso, nem fui pessoalmente ao teu encontro. Mas dize uma palavra, e meu servo ficará curado. Pois eu, mesmo na posição de subalterno, tenho soldados sob as minhas ordens, e se ordeno a um: ‘Vai!’, ele vai; e a outro: ‘Vem!’, ele vem; e se digo a meu escravo: ‘Faze isto!’, ele faz”. Ao ouvir isso, Jesus ficou admirado. Voltou-se para a multidão que o seguia e disse: “Eu vos digo que nem mesmo em Israel encontrei uma fé tão grande”. Aqueles que tinham sido enviados voltaram para a casa do centurião e encontraram o servo em perfeita saúde.

Reflexão
A nacionalidade do centurião não é citada, mas ele não era judeu. Para o contexto da época, um judeu ficaria impuro se tivesse contato com um pagão ou se este entrasse em sua casa. O centurião devia saber disso e se mantém à distância, servindo-se da mediação de amigos, evitando, talvez, um constrangimento a Jesus. O centurião é apresentado como homem piedoso e de boas ações, mas o que causa admiração em Jesus é a fé deste “pagão”, fé que Jesus quer incutir nos seus ouvintes.
Este episódio deve ter exercido forte influência no debate da Igreja primitiva sobre a missão aos pagãos. Para ser fiel a Jesus era preciso alargar o horizonte da fé. Se os judeus observantes do tempo de Jesus trouxeram-lhe um não-judeu em busca de cura e se este acreditou em Jesus, os cristãos judeus com mais razão haveriam de aceitar os pagãos. A intenção do evangelista Lucas é mostrar que Deus não faz distinção de pessoas, mas “em toda nação, quem quer que tema e pratique a justiça é acolhido por ele” (Atos 10,34-35). A fé do centurião é um convite para as comunidades alargarem seus horizontes e se libertarem dos seus legalismos, para serem, cada vez mais, casa de muitas moradas.
A assembléia reunida no Dia do Senhor é um sinal visível da salvação universal de Deus, que convoca gratuitamente a todos, independente de merecimento ou de raça. O que se requer é abertura de coração e adesão de fé, sem a qual Deus não pode agir.
             Fonte da reflexão: www.revistadeliturgia.com.br    Ilustração: www.tbcparoquia.blogspot.com.br
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