domingo, 30 de junho de 2013

Reflexão para a

Solenidade de São Pedro e São Paulo

Pedro e Paulo. Cada um, ao seu modo nos ensina uma lição nesta festa solene.
São Pedro e São Paulo
Pedro nos ensina que precisamos crescer na caminhada de fé. Que este caminho passa por muitos questionamentos, crises, visões distorcidas a respeito da vida e de Deus. Não e fácil proclamar o nosso amor incondicional e nos render a vontade de Deus, como o fez na ocasião em que o Senhor perguntou se ele o amava... Por sua vez, Paulo nos ensina que este caminho de fé depende de um encontro decisivo, de uma experiência que nos assalta e muda a nossa vida. Que é preciso experimentar o amor de Deus, um amor gratuito que vence o legalismo, a formalidade, a rigidez...
Pedro nos remete à instituição, ao papa que é sinal de unidade. Com ele, reforçamos o caminho eclesial, lembrando que não é possível ser cristão sem Igreja, sem referencias, sem comunidade. Que mesmo diante de seus limites humanos, a Igreja é nossa mãe, que nos ampara, acolhe, sustenta. Que os pastores são sinais de comunhão e de unidade. Paulo nos remete ao carisma, ao dinamismo evangelizador animado pelo Espírito Santo. Com ele, percebemos que, além da instituição, é preciso ter o molho especial da graça, o ardor por pregar o Evangelho.
Pedro era mais afeito à evangelização dos judeus. Com ele lembramos que os de dentro precisam de cuidado, sobretudo em tempos em que os batizados não são suficientemente evangelizados. Paulo era o pregador dos pagãos. Lembra-nos de que a nossa Igreja não pode permanecer fechada em si mesma, mas precisa se abrir a todos, e se abrir também em seu modo de avaliar e realizar a sua missão. Paulo nos deu o exemplo de inculturação da fé, de adaptação aos tempos e às circunstâncias.
Pedro nos dá o exemplo de autenticidade. Ajuda-nos a sermos verdadeiros, a expressar nossos pensamentos e sentimentos, a não “ficar em cima do muro”. Lembremo-nos de suas colocações no grupo dos doze. Paulo também poderia ser exemplo de um discurso forte, mas também vemos nele a docilidade, a ternura nas palavras, principalmente quando desejava ganhar os seus interlocutores para Deus. Ele considerava-se como uma mãe que gerava, com carinho, pessoas configuradas a Cristo.
Pedro e Paulo estão muito distantes daquela imagem romântica e estereotipada de santidade. Não são homens serenos, passivos e de rostinhos meigos. Pedro e Paulo revelam personalidades fortes, discursos e posturas calorosos. Aprendemos destas duas colunas que a paixão move a vida para o bem. Aprendemos que a santidade não é a passividade diante das coisas e que mesmo diante dos erros, o que mais importa é a coragem de realizar. As duas colunas da Igreja nos conduzem à coragem de mudar, à liderança, à ousadia de se expressar, à paixão pelas convicções. Aprendemos a amar a vida, a amar com paixão a Jesus e o seu Reino.
                                                                                                           Padre Roberto Nentwig
    Fonte: www.catequeseebiblia.blogspot.com.br   Ilustração: www.paroquiasaofranciscoxavier.org
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