sábado, 22 de junho de 2013

Leituras do Domingo

12º do Tempo Comum





1ª Leitura: Zc 12,10-11;13,1           Salmo: 62                          2ª Leitura: Gl 3,26-29

Evangelho: Lc 9,18-24



O Cristo de Deus
Jesus estava orando, a sós, e os discípulos estavam com ele. Então, perguntou-lhes: “Quem dizem as multidões que eu sou?” Eles responderam: “Uns dizem que és João Batista; outros, que és Elias; outros ainda acham que algum dos antigos profetas ressuscitou”. Mas Jesus perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Pedro respondeu: “O Cristo de Deus”. Mas ele advertiu-os para que não contassem isso a ninguém. E explicou: “É necessário o Filho do Homem sofrer muito e ser rejeitado pelos anciãos, sumos sacerdotes e escribas, ser morto e, no terceiro dia, ressuscitar”. Depois, Jesus começou a dizer a todos: “Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz, cada dia, e siga-me. Pois quem quiser salvar sua vida a perderá, e quem perder sua vida por causa de mim a salvará”.
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Reflexão
O trecho escolhido do Evangelho de Lucas para este domingo nos fala da identidade de Jesus. Nele temos Pedro diante da pergunta do Senhor: “Quem diz o povo que eu sou?”, respondendo: “O Cristo de Deus”. Imediatamente a essa resposta, o Senhor proíbe seus discípulos de tornarem pública sua identidade.
Perguntamo-nos qual o motivo desse segredo e em seguida lemos Jesus falando de sua paixão, morte e ressurreição. Ora, Jesus receia que o anúncio de que ele é o Cristo de Deus, reforce na mente dos judeus a missão messiânica da restauração política de Israel, mas essa não é sua missão. Jesus revela a seus amigos que ele irá sofrer e chegará à morte, mas ressuscitará. Mais ainda, diz que quem quiser acompanhá-lo deverá, a seu exemplo, entregar sua vida até à morte.
O Senhor faz conhecer a seus discípulos o verdadeiro significado de ser messias. Não é uma tarefa triunfante, mas sim, árdua, penosa, que exige profunda conversão de interesses e obediência ao Pai. É um sair de si, um voltar-se totalmente para o outro no serviço do Pai.
Também nós, que nos colocamos ao serviço do Evangelho, seja como sacerdotes, seja como catequistas, seja apenas como uma presença cristã em meio a uma sociedade paganizada, deveremos nos conscientizar de que precisamos sair de nós mesmos e aceitar a cruz de cada dia. Somente assim seguiremos o Senhor em sua missão, agora nossa, recebida no dia de nosso batismo e confirmada no dia em que fomos crismados.
Sair de si, sair de nós mesmos significa renunciar ao controle de nossa própria vida e nos abrirmos ao futuro, à ação de Deus; sempre confiando na graça de Sua força e proteção para não cedermos à tentação, mas fortalecidos por ela, atravessar os sofrimentos e chegar à ressurreição.
                                                                                     Pe. Cesar Augusto dos Santos, S.J.
                                                                                                  Fonte: www.radiovaticana.va
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