Papa Francisco:
A Boa Nova não é somente uma palavra, mas é Vida
Cidade do
Vaticano (RV) – Uma súplica de paz por todos os povos da terra: assim se
concluiu a Missa celebrada esta manhã pelo Papa Francisco, na Praça São Pedro,
na Páscoa da Ressureição.
Cerca de 100 mil
fiéis lotaram a Praça, que – como é tradição – estava toda enfeitada por
milhares de flores holandesas.
A cerimônia teve
início com o rito do "Resurrexit", ou seja, o anúncio da Ressurreição
do Senhor. Coincidindo este ano a celebração da Páscoa nas comunidades de rito
latino e as que seguem o calendário juliano, a celebração papal incluiu também
um antiquíssimo cântico do patrimônio da liturgia pascal bizantina, que recorda
as mulheres que vão ao Sepulcro para ungir o corpo de Jesus e recebem a boa
nova de que o Senhor ressuscitou.
A Missa de
Páscoa não foi concelebrada e não foi feita homilia, pois o Papa concedeu a
bênção Urbi et Orbi (à cidade de Roma e ao mundo) ao final da
celebração. Após a oração do Regina Coeli e de entoado o Aleluia, o Santo Padre
saudou percorreu a Praça São Pedro em seu papamóvel, para a alegria da
multidão.
A seguir,
Francisco foi até o balcão central da Basílica Vaticana para a mensagem de
Páscoa.
Ao lado dos
Cardeais Jean-Louis Tauran e Beniamino Stella, o Pontífice recordou que a
ressurreição de Cristo é o ápice do Evangelho. “Se Cristo não tivesse
ressuscitado, o Cristianismo perderia o seu valor”, disse, ressaltando que em
cada situação humana, marcada pela fragilidade, pelo pecado e pela morte, a Boa
Nova não é apenas uma palavra, mas é um testemunho de amor gratuito e fiel: “é
sair de si mesmo para ir ao encontro do outro, é permanecer junto de quem a
vida feriu, é partilhar com quem não tem o necessário, é ficar ao lado de quem
está doente, é idoso ou excluído”.
«Vinde e vede»,
repetiu Francisco, o Amor é mais forte, o Amor dá vida, o Amor faz florescer a
esperança no deserto. Dirigindo-se ao Senhor ressuscitado, o Papa pediu que nos
ajude a vencer a chaga da fome, “agravada pelos conflitos e por um desperdício
imenso de que muitas vezes somos cúmplices”. Que nos torne capazes de proteger
os indefesos, “sobretudo as crianças, as mulheres e os idosos, por vezes objeto
de exploração e de abandono”.
Apelos de paz contra guerras e doenças
De modo especial, que possamos cuidar dos irmãos atingidos pela epidemia de ébola na Guiné-Conacri, Serra Leoa e Libéria, e “daqueles que são afetados por tantas outras doenças que se difundem também pela negligência e a pobreza extrema”.
Francisco pediu
pelas numerosas pessoas, sacerdotes e leigos, que foram sequestradas em
diferentes partes do mundo, e pelos migrantes, “que deixaram as suas terras
para lugares onde possam esperar um futuro melhor, viver a própria vida com
dignidade e, não raro, professar livremente a sua fé”.
Pediu o fim de
toda guerra, de toda hostilidade grande ou pequena, antiga ou recente. Em
particular, pela Síria, “para que quantos sofrem as consequências do conflito
possam receber a ajuda humanitária necessária e as partes em causa cessem de
usar a força para semear morte, mas tenham a audácia de negociar a paz, há
tanto tempo esperada”.
O Papa pediu
conforto às vítimas das violências fratricidas no Iraque e amparo às esperanças
suscitadas pela retomada das negociações entre israelenses e palestinos.
Paz também para
a Ucrânia, para a República Centro-Africana, para a Nigéria e o Sudão do Sul.
Pediu também pela reconciliação e concórdia na Venezuela.
“Pedimo-Vos,
Senhor, por todos os povos da terra: Vós que vencestes a morte, dai-nos a vossa
vida, dai-nos a vossa paz!”
Por fim, Papa Francisco
concedeu a Indulgência Plenária aos presentes e a quantos acompanhavam pelos
meios de comunicação, agradecendo a todos pela presença, pela oração e pelo
testemunho. (BF)
Fonte: radiovaticana.va news.va
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