sexta-feira, 11 de abril de 2014

Audiências do Papa na manhã desta sexta-feira

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Francisco:
"Não à manipulação educativa da infância"

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco recebeu em audiência esta manhã, no Vaticano, os membros do Escritório Católico Internacional para a Infância (BICE), com sede em Bruxelas (Bélgica).
Em defesa da vida
Em seu discurso, o Papa recordou as origens desta associação, que nasceu depois do pronunciamento do Papa Pio XII em defesa da infância feito após a II Guerra Mundial. Desde então, o BICE sempre se empenhou em promover a tutela dos direitos dos menores, contribuindo inclusive para a Convenção da ONU de 1989, que este ano, portanto, completa 25 anos.
Para Francisco, nos nossos dias é importante levar avante projetos contra o trabalho-escravo, contra o recrutamento de crianças-soldado e todo tipo de violência contra menores.
O Pontífice reiterou o direito das crianças de crescerem em uma família, com um pai e uma mãe capazes de criar um ambiente idôneo ao seu desenvolvimento e ao seu amadurecimento afetivo.
Ao mesmo tempo, notou, isso comporta amparar o direito dos pais à educação moral e religiosa dos próprios filhos. Nesta questão, o Papa foi categórico, afirmando ser contrário a todo tipo de experimentação educativa com os menores: “Com as crianças e os jovens não se pode experimentar. Os horrores da manipulação educativa que vivemos nas grandes ditaduras genocidas do século XX não desapareceram; mantêm sua atualidade sob formas diferentes e propostas que, com pretensão de modernidade, levam as crianças e os jovens a caminharem na estrada ditatorial do ‘pensamento único’”.
O Papa ressaltou que trabalhar em prol dos direitos humanos pressupõe manter sempre viva a formação antropológica, estar bem preparado sobre a realidade da pessoa humana e saber responder aos problemas e aos desafios que a cultura contemporânea e a mentalidade difundida através dos meios de comunicação de massa apresentam.
Francisco concluiu seu discurso pedindo uma formação permanente quanto à antropologia infantil, porque é ali que os direitos e os deveres têm o seu fundamento e dela dependem o desenvolvimento de projetos educativos. 
O BICE é a uma organização católica internacional comprometida com a defesa da dignidade e dos direitos da infância. Foi fundado em 1948 e atualmente está presente em 4 continentes, com projetos em 25 países, inclusive o Brasil. O BICE tem um estatuto consultivo junto às Nações Unidas. (BF)
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Crianças e avós são a esperança

O Papa Francisco recebeu hoje na sala Clementina 470 membros do Movimento italiano pela Vida. 
Na primeira parte do seu discurso, o Santo Padre falou da importância da vida, contra uma economia que considera o ser humano como um bem de consumo, ao citar a cultura do “descartável” conforme está escrito também em sua Exortação apostólica Evangelii Gaudium, 53. E para garantir o valor da vida, hoje devemos dizer “não a uma economia de exclusão e injustiça”, disse o Papa Francisco.
Amemos
crianças e idosos
“Um dos riscos mais graves nesta nossa época é a separação entre economia e moral, entre as possibilidades de um mercado que oferece a cada dia novidades tecnológicas e regras éticas elementares da natureza humana, sempre mais negligenciadas. É preciso, portanto, reiterar a mais firme oposição a qualquer atentado direto à vida, especialmente inocente e indefesa, e o nascituro no seio materno é inocente por antonomásia“.
O Santo Padre recordou ainda um encontro que teve com médicos, alguns anos atrás, ao final do qual um médico o procurou e lhe entregou um pacote, dizendo: “Padre, eu quero deixar isso com o senhor. Estes são os instrumentos que eu usava para abortar. Eu tive um encontro com Deus, estou arrependido e agora luto pela vida!” 
"É missão do cristão sempre dar testemunho evangélico da vida e protegê-la com coragem e amor", disse Francisco. 
Ao falar das crianças, o Papa recordou também os avós, “que são a outra parte da vida. Porque também nós devemos cuidar dos avós, porque as crianças e os avós são a esperança de um povo. Os avós, porque tem a sabedoria da história, são a memória de um povo. Manter a vida em um tempo onde as crianças e os avós entram nesta cultura do descarte e são pensados como material descartável... Não! As crianças e os avós são a esperança de um povo”. 
E por fim, encorajou as mulheres, pedindo que se sintam ouvidas, acolhidas e acompanhadas. (JO)
                                                                                            Fonte: radiovaticana.va
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