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Francisco:
Francisco:
"Não à
manipulação educativa da infância"
Cidade do
Vaticano (RV) – O Papa Francisco recebeu em audiência esta manhã, no
Vaticano, os membros do Escritório Católico Internacional para a Infância
(BICE), com sede em Bruxelas (Bélgica).
Em defesa da vida |
Em seu discurso,
o Papa recordou as origens desta associação, que nasceu depois do
pronunciamento do Papa Pio XII em defesa da infância feito após a II Guerra
Mundial. Desde então, o BICE sempre se empenhou em promover a tutela dos
direitos dos menores, contribuindo inclusive para a Convenção da ONU de 1989,
que este ano, portanto, completa 25 anos.
Para Francisco,
nos nossos dias é importante levar avante projetos contra o trabalho-escravo,
contra o recrutamento de crianças-soldado e todo tipo de violência contra
menores.
O Pontífice
reiterou o direito das crianças de crescerem em uma família, com um pai e uma
mãe capazes de criar um ambiente idôneo ao seu desenvolvimento e ao seu
amadurecimento afetivo.
Ao mesmo tempo,
notou, isso comporta amparar o direito dos pais à educação moral e religiosa
dos próprios filhos. Nesta questão, o Papa foi categórico, afirmando ser
contrário a todo tipo de experimentação educativa com os menores: “Com as
crianças e os jovens não se pode experimentar. Os horrores da manipulação
educativa que vivemos nas grandes ditaduras genocidas do século XX não desapareceram;
mantêm sua atualidade sob formas diferentes e propostas que, com pretensão de modernidade,
levam as crianças e os jovens a caminharem na estrada ditatorial do ‘pensamento
único’”.
O Papa ressaltou
que trabalhar em prol dos direitos humanos pressupõe manter sempre viva a
formação antropológica, estar bem preparado sobre a realidade da pessoa humana
e saber responder aos problemas e aos desafios que a cultura contemporânea e a
mentalidade difundida através dos meios de comunicação de massa apresentam.
Francisco
concluiu seu discurso pedindo uma formação permanente quanto à antropologia
infantil, porque é ali que os direitos e os deveres têm o seu fundamento e dela
dependem o desenvolvimento de projetos educativos.
O BICE é a uma
organização católica internacional comprometida com a defesa da dignidade e dos
direitos da infância. Foi fundado em 1948 e atualmente está presente em 4
continentes, com projetos em 25 países, inclusive o Brasil. O BICE tem um
estatuto consultivo junto às Nações Unidas. (BF)
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Crianças e avós são a esperança
O Papa Francisco recebeu hoje na sala Clementina 470
membros do Movimento italiano pela Vida.
Na primeira
parte do seu discurso, o Santo Padre falou da importância da vida, contra uma
economia que considera o ser humano como um bem de consumo, ao citar a cultura
do “descartável” conforme está escrito também em sua Exortação apostólica
Evangelii Gaudium, 53. E para garantir o valor da vida, hoje devemos dizer “não
a uma economia de exclusão e injustiça”, disse o Papa Francisco.
Amemos crianças e idosos |
“Um dos riscos
mais graves nesta nossa época é a separação entre economia e moral, entre as
possibilidades de um mercado que oferece a cada dia novidades tecnológicas e
regras éticas elementares da natureza humana, sempre mais negligenciadas. É
preciso, portanto, reiterar a mais firme oposição a qualquer atentado direto à
vida, especialmente inocente e indefesa, e o nascituro no seio materno é
inocente por antonomásia“.
O Santo Padre
recordou ainda um encontro que teve com médicos, alguns anos atrás, ao final do
qual um médico o procurou e lhe entregou um pacote, dizendo: “Padre, eu quero
deixar isso com o senhor. Estes são os instrumentos que eu usava para abortar.
Eu tive um encontro com Deus, estou arrependido e agora luto pela vida!”
"É missão
do cristão sempre dar testemunho evangélico da vida e protegê-la com coragem e
amor", disse Francisco.
Ao falar das
crianças, o Papa recordou também os avós, “que são a outra parte da vida.
Porque também nós devemos cuidar dos avós, porque as crianças e os avós são a
esperança de um povo. Os avós, porque tem a sabedoria da história, são a
memória de um povo. Manter a vida em um tempo onde as crianças e os avós entram
nesta cultura do descarte e são pensados como material descartável... Não! As
crianças e os avós são a esperança de um povo”.
E por fim,
encorajou as mulheres, pedindo que se sintam ouvidas, acolhidas e acompanhadas. (JO)
Fonte: radiovaticana.va
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