quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Papa na homilia desta manhã:

 "Missa não é evento social, mas memória da salvação"

Cidade do Vaticano (RV) - “Quando Deus vem e se aproxima, é sempre festa”, disse o Papa na homilia proferida na manhã desta quinta, 3, na Casa Santa Marta, concelebrando a missa com os cardeais membros do Conselho que está reunido desde dia 1º no Vaticano.
O Papa ressaltou que não se pode transformar a memória da salvação numa lembrança, num “evento costumeiro". "A missa não é um “evento social” e sim a presença do Senhor em meio de nós". 
"Quando Deus vem e se aproxima, é sempre festa"
Francisco se inspirou na primeira leitura, do Livro de Nemias, centrando sua homilia no tema da memória “que toca o coração”:
“Isto não é importante só nos grandes momentos históricos, mas na nossa vida; todos temos memória da salvação. Mas ela está próxima de nós? Ou é uma memória distante, arcaica, uma memória de museu...? Quando a memória não é próxima, se torna uma simples recordação”. 
“E esta alegria é a nossa força. A alegria da memória próxima. Ao invés, a memória domesticada, que se afasta e se torna uma simples recordação, não aquece o coração, não nos dá alegria e não nos dá força. Este encontro com a memória é um evento de salvação, é um encontro com o amor de Deus que fez história conosco e nos salvou; é um encontro de salvação. E é tão bom ser salvos que é preciso festejar”.
“Quando Deus vem e se aproxima – afirmou, há sempre festa. E muitas vezes nós cristãos temos medo de festejar: esta festa simples e fraterna que é um dom da proximidade do Senhor. A vida, acrescentou o Papa, nos leva a afastar esta proximidade, e a manter somente a lembrança da salvação, não a memória que está viva”. A Igreja tem a “sua” memória, que é a Paixão de Senhor. Também conosco acontece de afastar esta memória e transformá-la numa lembrança, num evento habitual”:
“Toda semana vamos à igreja, ou quando alguém morre vamos ao funeral... e essa memória, muitas vezes, nos aborrece porque não é próxima. É triste, mas a missa muitas vezes se transforma num evento social e não estamos próximos da memória da Igreja, que é a presença do Senhor diante de nós.”
“Peçamos ao Senhor – concluiu o Papa – a graça de ter sempre a sua memória próxima a nós, não domesticada pelo hábito, por tantas coisas, e distanciada numa simples recordação. (CM/BF)
                                                                                     Fonte: www.radiovaticana.va
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