segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Católicos e luteranos,

 rumo à meta da unidade


Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco recebeu na manhã desta segunda-feira, 21, uma delegação da Federação Mundial Luterana e os membros da Comissão Luterano-Católica para a Unidade. Dentro de poucos dias, em 31 de outubro, decorre o 14º aniversário da ratificação, em Augusburg, da Declaração conjunta sobre a Doutrina da Justificação. 
"Que todos sejam um"
A Declaração foi assinada em 1999 pelo então Presidente do Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos, Cardeal Walter Kasper. 
“Em 2004, cinco anos depois da Declaração, apertamos as mãos e mesmo não tendo alcançado a meta final, não nos afastaremos mais uns dos outros”, disse o cardeal. 
Em junho passado, veio à luz o documento “Do Conflito à Comunhão”, que ilustra o último trabalho conjunto, realizado em Genebra. “Está surgindo a consciência de que a luta do século XVI entre luteranos e católicos já acabou e que as razões para a condenação recíproca caíram no esquecimento. É preciso reler a história de outro modo”, afirma o documento. 
Para o atual Presidente do PC para a Unidade dos Cristãos, Cardeal Kurt Koch, “a divisão da Igreja não deve ser comemorada, mas hoje se pode ver o que foi feito de positivo e continuar a procurar os caminhos para um futuro de comunhão”. 
A Igreja Católica é a Igreja cristã com o maior número de fiéis (cerca 1,2 bilhões, quase a metade de todos os cristãos), enquanto a Federação Luterana conta 75 milhões de fiéis. 
A próxima Assembleia geral do Conselho Mundial de Igrejas será em Busan, na Coreia do Sul, de 30 de outubro a 8 de novembro. Para o evento, no último dia 9 de outubro partiu de Berlim o “Trem pela Paz e a Reconciliação da Coreia”, iniciativa que quer levar à atenção mundial a questão da divisão do país asiático. O comboio deve chegar a Busan para o início dos trabalhos da Assembleia. (CM)

Pedir perdão reciprocamente e avante com o diálogo ecumênico

“Católicos e luteranos podem pedir perdão pelo mal que causaram uns aos outros e pelas culpas cometidas diante de Deus, e invocar “o dom da unidade”; “as dificuldades não faltam e não faltarão e serão necessários, paciência, diálogo, e compreensão recíproca”! Foi o que disse o Papa Francisco durante o evento ecumênico.
Do conflito à comunhão
“O ecumenismo espiritual constitui a alma do nosso caminho em direção da plena comunhão, e nos permite provar já agora qualquer fruto, ainda que imperfeito”, disse o Santo Padre, acrescentando:
“Na medida em que nos aproximamos com humildade de espírito ao Nosso Senhor Jesus Cristo, estamos certos de nos aproximarmos também entre nós e na medida que invocaremos do Senhor o dom da unidade, podemos estar certos de que Ele nos tomará pela mão e Ele será o nosso guia. É preciso deixar-se tomar pelas mãos do Senhor Jesus”.
O Papa Francisco congratulou-se ainda com o fato de ter sido publicado recentemente, em vista da comemoração dos 500 anos da Reforma, um texto da Comissão luterano-católica para a unidade intitulado “Do conflito à comunhão. A interpretação luterano-católica da Reforma em 2017”. 
Olho com profunda gratidão a Jesus Cristo, aos numerosos passos que as relações entre luteranos e católicos deram nas últimas décadas, explicou o Papa, sublinhando que isso foi possível “não só através do diálogo teológico, mas também através da colaboração fraterna em vários âmbitos pastorais e, sobretudo, no compromisso a prosseguir no ecumenismo espiritual.
“Sabemos bem – como várias vezes nos recordou Bento XVI – que a unidade não é primariamente fruto do nosso esforço” – finalizou o Papa Francisco -, “mas da ação do Espírito Santo ao qual é necessário abrir os nossos corações com confiança para que nos conduza pelas estradas da reconciliação e da comunhão”. (SP)
                                                                                                Fonte: www.vatican.va
..................................................................................................................................

Nenhum comentário:

Postar um comentário