Papa Francisco:
"Tudo adquire um sentido quando encontras este tesouro:
o Reino dos Céus!"
o Reino dos Céus!"
Cidade do
Vaticano (RV) – O Reino dos Céus foi o tema da reflexão do Papa Francisco,
que antecedeu a oração mariana do Angelus deste domingo. Falando aos
milhares de fiéis de diversas partes do mundo reunidos na Praça São Pedro, o
Pontífice afirmou que “tudo adquire um sentido quando se encontra este tesouro,
que Jesus chama ‘o Reino de Deus’”. E mais uma vez, sugeriu a todos a leitura
diária de uma passagem da Bíblia, para "encontrar Jesus".
Ao meditar sobre
o “Reino”, tema proposto pela Liturgia deste XVII Domingo do Tempo Comum,
Francisco referiu-se às parábolas do tesouro escondido no campo e da pérola de
grande valor, como “pequenas obras-primas”. E para explicar as reações que
alguém tem quando descobre este “grande tesouro”, o Santo Padre usou como
protagonistas o agricultor, “que arando, encontra o tesouro inesperado” e o
mercador de pérolas, “que após longa procura encontra a pérola preciosíssima”.
Ele ressalta, que nos dois casos, o dado relevante é que “o tesouro e a pérola
valem mais do que todos os outros bens”. Assim, os dois, “se dão conta do valor
incomparável daquilo que encontraram e estão dispostos a perder tudo para
possuí-la”:
“Assim é para o
Reino de Deus: quem o encontra não tem dúvidas, sente que é aquilo que buscava,
que esperava e que responde às suas aspirações mais autênticas. E é realmente
assim: quem conhece Jesus, quem o encontra pessoalmente, permanece fascinado,
atraído por tanta bondade, tanta verdade, tanta beleza, e tudo numa grande
humildade e simplicidade”.
O Pontífice
observa como Jesus tenha tocados tantos santos e santas, que ao lerem o
Evangelho “de coração aberto”, converteram-se a ele. E cita São Francisco:
“Pensemos em São
Francisco de Assis: ele já era um cristão, mas um cristão ‘água de rosa’.
Quando leu o Evangelho, em um momento decisivo de sua juventude, encontrou
Jesus e descobriu o Reino de Deus e então todos os seus sonhos de glória
terrena desapareceram. O Evangelho faz você conhecer Jesus verdadeiro, o Jesus
vivo; fala-te ao coração e transforma a tua vida. E então sim, deixa tudo. Você
pode mudar efetivamente o tipo de vida, ou continuar a fazer aquilo que fazias
antes, mas você é outra pessoa, você renasceu: encontrou aquilo que dá um
sentido, sabor, luz a tudo, mesmo aos cansaços, aos sofrimentos, à morte. Tudo
adquire um sentido quando encontras este tesouro, que Jesus chama ‘o Reino de
Deus’, isto é, Deus que reina na tua vida, na nossa vida”.
“Jesus doou a si
mesmo até a morte de cruz – disse o Papa – para nos levar do reino das trevas
para o reino da vida, da beleza, da bondade, da alegria". E é impossível
esconder a alegria de ter encontrado o Reino de Deus, pois ele transparece na
vida do cristão:
“O cristão não
pode ter a sua fé escondida, porque ela transparece em cada palavra, em cada
gesto, mesmo nos mais simples e cotidianos: transparece o amor que Deus nos deu
mediante Jesus”.
Ao final do
tradicional encontro dominical, o Santo Padre saudou os presentes, grupos
provenientes de diversos países e um grupo de brasileiros. E despediu-se com
“um bom domingo e bom almoço. Arrivederci!” (JE)
Santo Padre às partes em conflito:
"Por favor, parem. É hora de parar!"
Após a oração
mariana do Angelus, o Papa Francisco – recordando que as crianças são as
maiores vítimas das guerras - lançou um veemente apelo pelo fim dos conflitos:
Parem! O Pontífice reiterou o pedido para se rezar pela paz e que as
negociações e o diálogo tenham precedência sobre o conflito.
O Santo Padre
iniciou sua mensagem recordando que nesta segunda-feira, 28, - dia de luto -
recorre o centenário do início da Primeira Guerra Mundial, um conflito definido
por Bento XVI como “tragédia inútil”, pelas milhares de vítimas e grande
destruição que provocou. E desejou que se aprenda com a história para não se
repetir os erros do passado.
O Oriente Médio,
o Iraque e a Ucrânia, foram as três “zonas de crise” que receberam a atenção do
Pontífice, mais uma vez, neste domingo, que reiterou o pedido de orações e a
precedência do diálogo e da negociação sobre os conflitos:
“Em particular,
o meu pensamento se dirige a três zonas de crise: a médio oriental, a iraquiana
e a ucraniana. Vos peço para que continuem a se unir à minha oração para que o
Senhor conceda às populações e às autoridades daquelas áreas a sabedoria e a
força necessária para levar em frente, com determinação, o caminho da paz,
enfrentando cada disputa com a firmeza do diálogo e da negociação e com a força
da reconciliação. Que no centro de cada decisão não sejam colocados os
interesses particulares, mas o bem comum e o respeito por cada pessoa”.
Ao recordar que
tudo se perde com a guerra e nada se perde com a paz, Francisco voltou seu
olhar para as crianças, as maiores vítimas inocentes dos conflitos, e faz um
apelo veemente para que cessem os conflitos:
“Nunca a guerra.
Penso sobretudo nas crianças, das quais se tira a esperança de uma vida digna,
de um futuro: crianças mortas, crianças feridas, crianças mutiladas, crianças
órfãs, crianças que têm como brinquedos resíduos bélicos, crianças que não
sabem sorrir. Parem, por favor! Vos peço de todo o coração. É hora de parar!
Parem, por favor!”. (JE)
Fonte: radiovaticana.va news.va
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