quarta-feira, 2 de julho de 2014

Conheça um pouco da vida de Santa Edwiges

O testemunho dos santos deve nos conduzir até Jesus, fonte da santidade. No dia 27 de junho, foi abençoada a Igreja de Santa Edwiges, no bairro Lavapés em nossa cidade. Conheça um pouco da vida da Padroeira do novo templo.

Nascida no período Medieval, em 1174, Edwiges foi uma mulher que marcou seu tempo. De família nobre e rica, assistiu, desde tenra idade, a miséria em diferentes  formas nas pessoas que conhecia, convivia e amava.
Ao se casar aos 12 anos de idade, com Henrique, duque europeu, a então princesa da Silésia, país de Lebuska, atual Polônia, Edwiges, educada no Catolicismo e dona de uma fé inabalável, deparou-se com uma situação completamente diferente da que estava acostumada a conviver – seu marido, irmão de clérigo, mal sabia rezar.
Cristã, no real sentido da palavra, a esposa de Henrique logo tomou a educação religiosa de seu marido, preparando o caminho da paz em sua casa para a chegada de seus seis filhos – Henrique, Conrado, Boleslau, Inês, Sofia e Gertrudes. E, para conseguir manter sua família dentro do que acreditava, diariamente, levava a família até a capela próxima do castelo onde moravam, para participarem, juntos, diariamente, da missa.
Santa Edwiges,
rogai por nós!
Mas, suas devoções a Cristo e respeito à Virgem Maria não terminavam em seus horários de missa ou de oração. Entre as prolongadas ausências do marido, que saía para lutar nas guerras que dizimavam vidas e eram frequentem naquele período da humanidade, Edwiges aproveitava para visitar famílias nas maiores condições de miséria e buscar o socorro para cada uma delas.
Nessas visitas, descobriu que os maiores problemas que as famílias enfrentavam estavam relacionados à falta de dinheiro. Lavradores, pequenos sitiantes precisavam pagar uma quantia aos proprietários da terra que trabalhavam, sobre a colheita que deveriam ter. Essa colheita sempre era menor do que o esperado devido ao inverno rigoroso e às intempéries do clima do lugar. Sem ter como pagar as dívidas, os lavradores eram presos e suas famílias ficavam abandonadas, sem ter a quem recorrer. Muitas vezes, as mulheres se prostituíam para poder sustentar seus filhos, ou vagavam pelas ruas, à mercê da quase inexistente caridade pública, sendo humilhadas e maltratadas pelos moradores que não tinham condições de sobreviver.
Igreja de Santa Edwiges - Paraisópolis (MG)
Noite da inauguração
Assistindo a dor e a miséria humana, Edwiges, dona de um coração privilegiado para a época, e uma das mulheres que mais sentiram, e demonstraram, como ninguém, a caridade e a compaixão, pagava as dívidas dos presidiários com o dinheiro de seu dote, a quantia que fora dada em época de seu casamento ao seu marido, que não quis usá-la e deixou ao inteiro dispor de sua esposa, ajudando-os a reiniciarem suas vidas.
Preocupada com a situação das mulheres que perdiam seus maridos nas guerras e viam-se à mercê da sorte, expostas a estupros e todo tipo de maldade humana, passou a construir em pequenos vilarejos, conventos para abrigar viúvas e órfãos. Muitas tornaram-se freiras e passaram a servir a Deus.
Depois de perder dois de seus filhos precocemente e, por último, seu marido, Edwiges retirou-se para o convento de Trébnitz e ali viveu, em jejum e oração até sua morte, em 1243, aos 69 anos de idade.
Sua fé foi motivo de muitos pedidos dos que viveram próximos a ela e, com vários milagres comprovados, a Igreja Católica a declarou santa em 1.267, 24 anos após a sua morte.
Até hoje, seu corpo é venerado no Convento de Trébnitz, na Polônia, e existem igrejas no mundo inteiro dedicadas à santa.
                                                                         Fonte: santuariosantaedwiges.com.br
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