XVII Domingo do Tempo Comum
Na primeira leitura extraída do Primeiro Livro dos Reis,
fica muito claro a sabedoria de Salomão não apenas pelo conteúdo de sua oração,
mas pelo modo como se dirige a Deus. No seu modo de falar com o Senhor, fica
explícita sua humildade e a consciência de seu lugar: apesar de rei, diante de
Deus ele é servo.
Ele também
demonstra sabedoria ao não se sentir proprietário do povo, mas condutor do
rebanho que pertence a Deus.
Finalmente ele
pede sabedoria para praticar a justiça. Deus não só aceita a oração de Salomão,
mas o abençoa com o dom do discernimento em um coração sábio e inteligente.
O Reino de Deus e para todos |
A parábola de
Mateus apresentada hoje pela liturgia termina com o relato do discernimento
feito pelos pescadores que “recolhem os peixes bons nos cestos e jogam fora os
que não prestam.”
Jesus, ao falar
do Reino dos Céus o comparou a “uma rede lançada ao mar e que apanha todo tipo
de peixe”. Nossa atitude em relação ao Reino, aos seus valores, nos
identificará como bons ou não. Até onde somos capazes de renúncias, mudanças de
vida, despojamento por causa do Reino, por causa de justiça?
A segunda
leitura nos fala de nossa predestinação à felicidade plena. Deus nos criou para
sermos salvos, para agirmos neste mundo em favor da justiça e da paz, como
cidadãos do Reino que virá, ou melhor, que já está instaurado neste mundo
através da ação dos homens de boa vontade, daqueles que são imagem de Cristo.
Concluindo,
podemos tirar para nossa vida que a sabedoria, o discernimento estão presentes
no coração daqueles que se sentem servos diante de Deus e dos irmãos, daqueles
que possuem e lutam pelos valores do Reino, daqueles que lutam pela justiça e
pela paz. Esses confirmam a predestinação para o Céu, pois são no mundo imagem
e semelhança de Cristo.
Pe. César
Augusto dos Santos SJ
Reflexão: radiovaticana.va
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