Vale a pena ler
Não desejemos feliz 2014
O que mais se
ouve nestes dias são pessoas expressando votos de feliz ano novo. É sempre
assim em todo final de ano. Eu já usei e abusei muito desta expressão. O que
acontece é que o ano começa e tudo segue o seu ritmo dinamizado por homens e
mulheres com corações velhos. Não desejemos feliz ano novo, mas vivamos
de tal modo que possamos ser felicidade para as pessoas que as
encontrarmos, ou que conseguirmos avistar, ou que nossa voz chegar aos
seus ouvidos, ou ainda que nossas mensagens entrarem para dentro de suas vidas.
Desejar feliz
ano novo é muito fácil, mas fazer os outros felizes ao longo do ano exige-se
muita dedicação. Queiramos fazer felizes os pobres, os enfermos, os que
não tem casa, aos desempregados, aos desestruturados, aos dependentes, aos
machucados, aos nossos familiares, as pessoas do novo convívio, as pessoas que
encontramos mesmo que seja por pouco tempo, as pessoas que atendemos, que
cumprimentamos... São muitas as pessoas que podemos levar a elas a felicidade.
Vivendo de um
jeito novo, com Cristo crescendo em nossas vidas, podemos contribuir para que
as pessoas sejam mais felizes. Li certa vez que a alegria que causamos aos
outros retorna a nós. Fazer alguém feliz não custa nada, basta ter um coração
muito humano iluminado pela fé.
Estou sem jeito
para desejar feliz ano novo, mas tenho como projeto de vida viver e agir
contribuindo para sejam felizes os presbíteros, os diáconos, os religiosos, os
seminaristas, os consagrados, os diocesanos, os irmãos bispos, a minha família
e especialmente a categoria de pessoas dos “sem”, ou seja aqueles que lhes
falta algo. Desejo a todos ser causa de alegria e felicidade. Até mesmo quando
a dor for necessária, como faz um cirurgião, não seja essa dor um sofrimento
sadista, mas seja ela como o germinar de paz, alegria e felicidade.
Jesus foi a
felicidade de muitas pessoas. Ele viveu para os outros e por isso foi causador
de felicidades. Sua maior alegria e realização foi na Cruz quando ele
sentindo-se que tudo estava consumado (Jo 19,30) entregou- se plenamente
nas mãos do Pai.
Agradeçamos a
Deus por este tempo que se finda e acolhamos o novo pedaço de tempo chamado
2014 que é dádiva a nós. O ano novo é um tempo de viver, ser feliz e
fazer muita gente feliz. Aspiro que nossa vivência seja causadora de alegria e
felicidade a muitas pessoas e Deus mesmo se alegrará com nosso projeto de
felicidade. Não desejemos feliz ano novo, mas façamos um grande esforço para
fazer a felicidade acontecer sempre que encontrarmos alguém.
Dom Messias dos
Reis Silveira - Bispo da diocese de Uruaçu (GO)
Fonte: cnbb.org.br Banner: news.va
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