emociona devotos; momento contou com organista italiano.
Ontem, 2 de
fevereiro, aconteceu a reinauguração da Matriz Basílica de Aparecida após 11
anos em processo de restauração. A celebração contou com a presença de romeiros
e aparecidenses que foram admirar a igreja e prestigiar o maestro Sérgio
Militello, organista da Capela Sistina, do Vaticano, que veio pela primeira vez
ao Brasil para tocar o órgão de tubos de origem alemã que foi totalmente
restaurado.
Basílica restaurada |
O momento
festivo começou às 18h15 com a benção do órgão, seguido por uma missa solene
presidida por Dom Darci José Nicioli, bispo auxiliar da arquidiocese,
acompanhado dos missionários redentoristas que atuam na Arquidiocese de
Aparecida (SP).
Durante a homilia,
Dom Darci convidou os devotos a observarem a beleza da Matriz, destacando,
entre outras obras, as artes do teto, as imagens dos santos que vieram do
estado da Bahia, o altar feito em mármore de Carrara e o relicário de São
Vicente no altar-mor que fora trazido da Itália. Sobre tantas obras que nos
enchem os olhos, dom Darci explica:
“A importância é
justamente para falar da fé deste povo. A beleza salva, de forma que como
muitos milhões que aqui já rezaram, outros milhões virão aqui para rezar. Que (os
romeiros) tenham neste templo um lugar sagrado para seu encontro com Deus,
pelas mãos carinhosas de Nossa Senhora Aparecida. Neste mundo todos nós somos
peregrinos, e um dia nos encontraremos no grande santuário do céu. Mas enquanto
esse tempo não chega, nós precisamos de espaços como estes. Que (a Matriz)
continue sendo este lugar de bênçãos, morada de Deus, casa de Maria e encontro
de irmãos, para hoje e para toda eternidade”.
Maestro Sérgio Militello |
Dom Darci ainda
explica que o altar-mor agora conta com dois elementos que indicam que a igreja
é uma basílica: um panfalone vermelho no formato de guarda-sol trazendo a
insígnias da arquidiocese de Aparecida e um tintinnabulation com o
emblema pontifício.
Após a missa
solene, o maestro executou um concerto de 45 minutos e o finalizou com o hino
religioso nacional “Viva a Mãe de Deus e Nossa”, comovendo todos os presentes.
Em seguida, o maestro deixou o coro emocionado: “Tocar um instrumento
restaurado é sempre um momento forte, de intensa emoção”, afirma. “Tocar na
casa de Maria é uma experiência única, todo organista deveria ter uma graça
como essa”, completa Militello.
Ainda sobre o
maestro, pe. Domingos Sávio declara: “É uma graça muito grande recebê-lo aqui.
Valoriza o lugar e também a devoção a Nossa Senhora. Foi tudo muito bonito,
principalmente o final, em que ele tocou uma música brasileira”.
Assembléia participa da Eucaristia |
A "Basílica
Velha" dos aparecidenses – A Matriz Basílica, tradicionalmente
conhecida por Basílica Velha, acolheu milhares de batizados, casamentos e
tantos outros sacramentos, não só dos romeiros que buscam a bênção de Maria,
mas também dos aparecidenses e moradores da cidade que tanto valorizam a
história e a fé. Celebrar a restauração da Basílica Velha é também como celebrar
histórias de vida devotadas a Senhora Aparecida.
Alessandra
Bento, diretora de cultura de Aparecida (SP), conta que é nascida e crescida na
cidade e que ficou muito emocionada ao ver o trabalho da restauradora Cláudia
Rangel e sua equipe. “Ficou maravilhosa, Aparecida hoje se encontra toda
emocionada, é muito bonito de ver, de poder participar deste momento tão
importante”, exclama ela.
A diretora
cultural ainda lembra que estamos rumo à comemoração do jubileu de 300 anos de
encontro da imagem de Aparecida, e que a reinauguração da Matriz Basílica vem
para nos dar mais um presente de comemoração desta data.
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