segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Jesus, único caminho
que devemos seguir com alegria e perseverança

Cidade do Vaticano (RV) - “Obediência e sabedoria, na alegria e na criatividade”: foi a exortação do Papa Francisco na homilia da Missa aos religiosos e religiosas, celebrada na tarde desta segunda-feira, na Basílica de São Pedro, por ocasião da festa da Apresentação do Senhor e do XIX Dia da Vida Consagrada. Conduzam os outros a Jesus, mas deixem-se também conduzir por Ele, disse-lhes o Santo Padre.
A emocionada ternura com a qual Maria caminha no Templo com Jesus Menino no braço, levando-o a encontrar o Seu povo.
Fazer-se servo para servir
Na festa da Apresentação do Senhor, o Pontífice iniciou a sua homilia com esta cena evangélica, para falar a consagrados e consagradas, ressaltando o profundo significado da imagem de Maria que leva o Filho, mas também d’Ele que, no fundo, a leva neste caminho de Deus que vem até nós, a fim de que nós possamos ir até Ele.
Jesus fez a nossa mesma estrada para indicar-nos o caminho novo, ou seja, o caminho novo e vivo, que é Ele mesmo. E para nós, consagrados, este é o único caminho que, concretamente e sem alternativas, devemos percorrer com alegria e perseverança.”
Este caminho passa pela obediência. “Jesus não veio fazer a sua vontade – disse o Papa –, mas a vontade do Pai. Assim, quem segue Jesus se coloca no caminho da obediência – continuou o Bispo de Roma – abaixando-se e fazendo sua a vontade do Pai, inclusive até o aniquilamento e humilhação de si mesmo.
Para um religioso, progredir significa abaixar-se no serviço, isto é, fazer o mesmo caminho de Jesus, que não considera um privilégio ser igual a Deus. Abaixar-se fazendo-se servo para servir.”
Através desta lei – continuou o Papa – os consagrados podem alcançar a sabedoria, um dote que opera concretamente e que é dom do Espírito Santo. Seu sinal evidente é a alegria.
A cena da Apresentação de Jesus no Tempo volta em evidência quando Francisco coloca lado a lado o grupo dos jovens, Maria e José; e dos anciãos, Simeão e Ana, que acolhem o Menino. Ambos os grupos conduzem o Menino, mas são também conduzidos por Ele.
Devemos ser guias guiados por Jesus
Ambos os grupos são guiados pela obediência a Deus e à lei. Aspectos que nos anciãos se desdobram numa qualidade ulterior: a da criatividade, própria de quem é repleto do Espírito Santo. Deste modo – diz o Papa –, Deus mesmo transforma a obediência em sabedoria.
Através do caminho perseverante na obediência, amadurece a sabedoria pessoal e comunitária, e assim se torna possível também adaptar as regras aos tempos: de fato, a verdadeira atualização é obra da sabedoria, forjada na docilidade e obediência.”
Justamente por isso – ressaltou Francisco aos religiosos e religiosas –, o revigoramento e a renovação da vida consagrada se dão através de um grande amor à regra e também através da capacidade de contemplar e ouvir os anciãos da Congregação.
Através deste caminho, somos preservados do viver a nossa consagração de modo light e desencarnado, como se fosse um gnose, que se reduziria a uma “caricatura” da vida religiosa, na qual se vive o seguimento a Cristo sem renúncia, uma oração sem encontro, uma vida fraterna sem comunhão, uma obediência sem confiança, uma caridade sem transcendência.”
Portanto – concluiu o Papa Francisco –, entremos no mistério que se manifesta no conduzir os outros a Jesus, deixando-nos, ao mesmo tempo, conduzir por Jesus. “Isto é o que devemos ser: guias guiados”. (RL)
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Momentos


















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                                                                     Fonte: radiovaticana.va    news.va

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