Papa anuncia viagem a Sarajevo, a realizar-se em 6 de junho
Cidade do
Vaticano (RV) - Ao meio-dia deste domingo o Papa Francisco assomou à janela do
palácio apostólico para o habitual encontro dominical com milhares de fiéis e
peregrinos reunidos na Praça São Pedro para a oração do Angelus.
Tomando todos de
surpresa, o Santo Padre anunciou sua viagem a Sarajevo. Na alocução que
precedeu a oração mariana, o chamado a todos os cristãos a serem “ouvintes” e
“anunciadores” da Palavra de Deus.
“Sábado, 6 de
junho, se Deus quiser, irei a Sarajevo, capital da Bósnia-Herzegóvina”, disse o
Papa.
“Desde já, peço
a vocês que rezem a fim de que a minha visita àquelas queridas populações seja
de encorajamento para os fiéis católicos, suscite fermentos de bem e contribua
para a consolidação da fraternidade e da paz.”
O anúncio foi
feito logo após a recitação do Angelus. Será a 11ª viagem do Papa Francisco, em
dois anos de Pontificado, a terceira deste ano, após Sri Lanka e Filipinas em
janeiro passado, e Nápoles prevista para 21 de março.
Que sejamos ouvintes assíduos e anunciadores críveis do Evangelho de Jesus! |
A seguir, o
Santo Padre irá a Turim, em 21 de junho, por ocasião da Exposição do Santo
Sudário, e aos EUA para o VIII Encontro Mundial das Famílias, programado para
realizar-se em Filadélfia, de 22 a 27 de setembro.
Na alocução,
comentando o Evangelho do dia, Francisco ressaltou o primado da Palavra de
Deus, “a ser ouvida, acolhida e anunciada”. Como narra o evangelista São
Marcos, tendo entrado em Cafarnaum – a maior cidade da Galileia –, Jesus, com a
sua pequena comunidade, não hesita a ir imediatamente à sinagoga.
“Jesus não deixa
para depois o anúncio do Evangelho, não pensa primeiro na acomodação logística,
certamente necessária, de sua pequena comunidade, não perde tempo na
organização.”
Portanto, “a sua
preocupação principal” é “comunicar a Palavra de Deus, com a força do Espírito
Santo”, observou o Pontífice. “E o povo na sinagoga fica espantado, porque
Jesus ‘ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas’.” “Mas o que
significa ‘com autoridade’?”, perguntou Francisco.
“Significa que
nas palavras humanas de Jesus se sentia toda a força da Palavra de Deus, se
sentia a própria autoridade de Deus, inspirador das Sagradas Escrituras.”
E uma das
característica da Palavra de Deus, observou o Papa, é que realiza aquilo que
diz.
“Porque a
Palavra de Deus corresponde à sua vontade. Nós, ao invés, muitas vezes
pronunciamos palavras vazias, sem raiz, ou palavras supérfluas, palavras que
não correspondem à verdade. Ao invés, a Palavra de Deus corresponde à verdade,
está unida à sua vontade e faz aquilo que diz.”
De fato, observou
Francisco, após ter pregado, demonstrou sua autoridade libertando um homem,
presente na sinagoga, possuído pelo demônio.
“O Evangelho é
Palavra de vida: não oprime as pessoas, pelo contrário, liberta aqueles que são
escravos de tantos espíritos malvados deste mundo: a vaidade, o apego ao
dinheiro, o orgulho, a sensualidade... O Evangelho muda o coração, muda a vida,
transforma as inclinações ao mal em propósitos de bem.”
Antes de
despedir-se, o Papa pediu que não se esquecessem: “Leiam uma passagem do
Evangelho todos os dias. É a força que nos transforma, transforma a vida, muda
o coração”. E exortou todos os cristãos a se tornarem missionários e arautos da
Palavra de Deus.
Por fim, pediu à
Virgem Maria que nos ensine “a sermos ouvintes assíduos e anunciadores críveis
do Evangelho de Jesus”.
O Santo Padre
concedeu a todos a sua Bênção apostólica. (RL)
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Fonte: radiovaticana.va news.va
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