quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Francisco e os jovens:

Espontaneidade e muitas risadas

Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco conversou nesta quinta-feira, 5, em videoconferência pela Internet, com alguns jovens estudantes com deficiências e de diferentes continentes. 
O objetivo da iniciativa, Scholas Ocurrentes, é promover a cultura do encontro e a 'mudança pela educação', aponta o diretor global das Scholas, José María del Corral, argentino que trabalha com o Francisco desde o tempo em que Jorge Mario Bergoglio era arcebispo de Buenos Aires.
"Vocês nos ajudam a compreender que a vida é um lindo tesouro"
Na conversa com adolescentes, o Papa Francisco disse que os jovens precisam sempre se comunicar e não guardar para dentro de si seus problemas: "Quando não nos comunicamos, ficamos sozinhos. Mas quando vocês dão o melhor que têm dentro de vocês, é muito importante".
Um dos adolescentes era o brasileiro Pedro, que tem uma má formação no braço direito. Ele falou ao Papa que, assim como Francisco, é fã de futebol. "Gosto de jogar no gol. É a posição que mais me diverte", disse Pedro. "E o que você sente quando toma um gol?", perguntou o Papa. "Me sinto feliz por estar com meus amigos praticando um esporte."
O Pontífice então disse ao brasileiro que ele está "dando uma lição". "Não importa ganhar, mas jogar e estar com os amigos", destacou o Papa.
Tesouro de cada um
Também participaram crianças da Argentina, Espanha, Estados Unidos e Índia. Francisco disse: “Todos vocês têm um cofre, uma caixa, e dentro tem um tesouro. E o trabalho de vocês é abrir a caixa, tirar o tesouro, fazê-lo crescer e dá-lo, e recebe-lo dos demais”. E acrescentou que cada um de nós tem um tesouro dentro, e se o guardamos trancado ele fica ali; pelo contrário, se o compartilhamos, ele se multiplica com os tesouros que vem dos demais”. E concluiu: “Vocês nos ajudam a compreender que a vida é um lindo tesouro”.
Entre os pequenos estava Isabel Vera, de 13 anos, com problemas visuais, que contou ao Papa: “Uso a tecnologia com uma linha Braile”, e acrescentou que era atleta.
Quem eram
Alicia, de 16 anos, com uma câmera de vídeo, apesar do seu problema de vista, perguntou ao Papa se ele gostava de tirar fotos e baixá-las no computador. Francisco respondeu: “Sou muito ruim com a máquina, não sei mexer no computador, que vergonha, não é?".
Elvira, 12, com síndrome de Down, usa o seu tablet para atividades simples, mas disse que “se diverte muito”.  
Façam crescer o tesouro interior que cada um de vocês tem
Isaías, do estado de Nebraska (EUA), perguntou sobre como superar o mal humor, e o Santo Padre disse: “É preciso superar o mal humor, e se não, ficar tranquilo até que passe. Não precisamos nos assustar com as dificuldades...”.
Outro estudante com quem o Papa interagiu foi Manoj da Índia, com dificuldade de fala e audição, portanto, ajudado por uma professora. O menino disse muitas coisas, até mesmo que ele gostava de Bruce Lee. E perguntou: Scholas pode nos ajudar? Ao que o Pontífice disse que sim, melhorando a comunicação entre eles.
Francisco também conversou com o menino espanhol Bauti, 14 anos, autista, que lhe disse que nasceu em Buenos Aires e estuda em Madri.  
Na comunicação também entrou Moçambique, onde há uma nova instituição Scholas com o Padre Juan Gabriel, que esteve no último congresso da Scholas. Conversou ali com um aluno de uma secundária, que lhe disse: "Antes tínhamos somente um computador para 45, e agora temos mais. As máquinas vão nos ajudar muito a estudar”. O diretor do colégio também agradeceu: “Com estes computadores estamos em uma nova era”. (CM)
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Fotos
































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                                                                                      Fonte: radiovaticana.va

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