Francisco:
Os filhos são um dom de Deus!
Cidade do
Vaticano (RV) – O Papa Francisco encontrou-se, na manhã desta
quarta-feira, na Praça São Pedro, com numerosos peregrinos e fiéis,
provenientes de diversos países, para a habitual audiência geral.
Após ter
refletido, nas audiências anteriores, sobre a figura dos pais, o Santo Padre
dedicou a sua catequese de hoje aos filhos, tomando como exemplo a figura do
profeta Isaias: “Os seus filhos se reuniram e vêm até você. Os seus filhos vêm
de longe; suas filhas vêm carregadas no colo. Então, bastará ver e seu rosto se
iluminará, seu coração parecerá explodir de emoção”.
Eis uma
esplêndida imagem da felicidade, disse o Papa, que se realiza no encontro dos
pais com os filhos, que caminham juntos, rumo a um futuro de liberdade e de
paz, depois de um longo tempo de privações e separação.
Logo, há uma
íntima ligação entre a esperança de um povo e a harmonia entre as gerações. A
alegria dos filhos faz palpitar os corações dos pais e alarga os horizonte do
futuro:
Os filhos são a alegria da família e da sociedade |
“Os filhos são a
alegria da família e da sociedade. Eles não são um problema da biologia
reprodutiva, tampouco um dos tantos modos de realização pessoal ou de posse dos
próprios pais. Os filhos são um dom. Cada um é único e irrepetível e, ao mesmo
tempo, inconfundivelmente ligado às suas raízes. Segundo os desígnios de Deus,
os filhos trazem em si a memória e a esperança de um amor que lhes deu origem,
de forma original e nova”.
Por isso, disse
o Papa, eles devem ser amados por aquilo que são, não porque sçao bonitos,
bons, saudáveis; não porque pensam como seus pais ou porque encarnam os seus
desejos. Um filho é um filho: é uma vida gerada pelos pais, mas para o bem
deles, pelo bem da família, da sociedade e de toda a humanidade:
“Daqui vem a
profundidade da experiência humana de ser filho ou filha, que nos permite
descobrir a “dimensão mais gratuita do amor”: a beleza de ser amados por
primeiro, antes de dar os primeiros passos ou de falar e pensar, antes mesmo de
virem ao mundo. Os filhos são a condição fundamental para conhecer o amor de
Deus”.
Na alma de cada
filho, por mais vulnerável que seja, frisou o Papa, Deus coloca o sigilo deste
amor, que está à base da sua dignidade pessoal: uma dignidade que ninguém e
nada podem destruir.
Hoje em dia,
acrescentou o Papa, podemos aprender a boa relação entre as gerações tomando
como exemplo o nosso Pai celeste, que deixa cada um de nós livre, mas nunca nos
deixa sozinhos. Nosso Pai celeste quer que seus filhos sejam corajosos e
progridam sempre na vida. Os filhos, por sua vez, não devem ter medo de
construir um mundo novo, melhor do que aquele que receberam.
O quarto
Mandamento, acrescentou Francisco, pede para que os filhos honrem seus pais. A
união virtuosa entre as gerações é a “garantia do futuro”, de uma história
realmente humana. Uma sociedade de filhos que não honra seus pais é uma
sociedade avara de geração, que não quer ser circundada de filhos, pois os
considera um peso, uma preocupação, um risco. Esta é uma sociedade oprimida. É
uma sociedade egoista! E acrescentou:
“A vida se
rejuvenesce e adquire novas energias por multiplicar-se. A multiplicação das
gerações consiste em um mistério que enriquece a vida de todos. Somente olhando
para Jesus, o Filho eterno, aprenderemos a ser filhos melhores, com os nossos
pais na terra e com o nosso Pai no Céu”.
Ao término da
sua catequese semanal, o Papa Francisco pediu alguns momentos de silêncio para
que os pais pensem em seus filhos e que os filhos pensem em seus pais e,
juntos, agradeçam pelo dom da vida.
Por fim, antes
de cumprimentar os diversos grupos de peregrinos, presentes na Praça São Pedro,
Francisco disse, textualmente: “Quanto é belo ver os pais elevarem seus filhos
pequeninos para receberem a bênção do Papa. Este é um gesto quase divino.
Obrigado por este gesto!”.
Antes de se
despedir dos fiéis, o Santo Padre pediu aos fiéis que rezem pelo Consistório,
que se realizará nos próximos dias. Que o Espírito Santo assista o Colégio
Cardinalício e ilumine os trabalhos dos Cardeais e o seu serviço à Igreja.
Enfim, o Papa
recordou que hoje se celebra a memória litúrgica de Nossa Senhora de Lurdes e a
23ª Jornada Mundial do Enfermo. Dito isto, saudou os fiéis e a todos concedeu a
sua Bênção Apostólica. (MT)
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Fonte: radiovaticana.va news.va
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