Festa do Batismo do Senhor
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Evangelho: Mc 1,7-11
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João proclamava:
“Depois de mim vem aquele que é mais forte do que eu. [...] Eu vos batizei com
água. Ele vos batizará com o Espírito Santo”. Naqueles dias, Jesus veio de
Nazaré da Galileia e foi batizado por João, no rio Jordão. Logo que saiu da
água, viu o céu rasgar-se e o Espírito, como pomba, descer sobre ele. E do céu
veio uma voz: “Tu és o meu Filho amado; em ti está meu pleno agrado”.
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Reflexão
Reflexão
O Senhor se deixa encontrar e está próximo
"Tu és o meu Filho amado" |
A solenidade do
batismo do Senhor é a primeira solenidade do Senhor do tempo comum. O gênero
literário do relato é a “visão interpretativa”, em que a voz interpreta a
visão, isto é, o céu aberto e a descida do Espírito Santo sobre Jesus. A
finalidade do relato é afirmar, desde o início do evangelho, a identidade e a
missão de Jesus. Por esse motivo, seria melhor, caso seja indispensável um
título para o relato, nomeá-lo como “a investidura messiânica de Jesus”. O
trecho do livro do profeta Isaías aponta as disposições necessárias requeridas
por Deus para o seu povo: buscar e invocar o Senhor porque ele se deixa
encontrar e está próximo; converter-se, pois o Senhor está sempre pronto a
perdoar. Nessa linha penitencial é que se insere o batismo de João. Essas
disposições acima elencadas são necessárias como preparação para a vinda do
Messias, do qual João Batista é o precursor. O batismo de João é um batismo
para a conversão. O Batista tinha consciência do caráter provisório e
imperfeito do batismo que ele realizava, por isso, afirma que, depois dele, vem
um mais forte do que ele e que batizará com o Espírito Santo. Jesus não tinha
pecado, mas entra na fila dos pecadores por solidariedade com a nossa
humanidade pecadora. O autor da carta aos Hebreus poderá dizer, por isso, que nós
temos junto de Deus um sumo sacerdote misericordioso, capaz de compadecer-se de
nossas fraquezas (cf. Hb 4,14-15). O céu pode rasgar-se? Trata-se de uma
evocação de Is 63,19 ou 64,1. Trata-se, evidentemente, de uma linguagem
simbólica na qual é expressa a comunicação entre o céu e a terra. Dito em
outros termos, o Espírito Santo do qual Jesus é revestido para realizar a sua
missão vem de Deus. A voz que interpreta a visão vem do texto tirado de Is
42,1. É Deus quem apresenta o seu servo. No evangelho de João, Jesus diz que é
o Pai quem dá testemunho dele (cf. Jo 8,17-18). Em Is 42,6-7, a missão do servo
tem uma dupla vertente: é mediador da Aliança e libertador dos cativos. Na
tradição bíblica, essas duas vertentes estão intrinsecamente unidas: Deus que fez
aliança com o seu povo é o Deus que o libertou da casa da servidão (cf. Ex
20,1; Dt 5,6). Jesus é mediador de uma nova e definitiva aliança (cf. Hb
7,22-25; 8,6-13; 12,24) que nos liberta de todo mal.
Reflexão: paulinas.org.br Banner: cnbb.org.br Ilustrações: franciscanos.org.br
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