3º Domingo do Tempo Comum
...............................................................................................................................................................
Evangelho: Mc 1,14-20
..............................................................................................................................................................
..............................................................................................................................................................
"Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens" |
Depois que João foi preso, Jesus veio para a Galileia, proclamando a Boa-Nova de Deus: “Completou-se o tempo, e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede na Boa-Nova”. Caminhando à beira do mar da Galileia, Jesus viu Simão e o irmão deste, André, lançando as redes ao mar, pois eram pescadores. Então disse-lhes: “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens”. E eles, imediatamente, deixaram as redes e o seguiram. Prosseguindo um pouco adiante, viu também Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão, João, consertando as redes no barco. Imediatamente, Jesus os chamou. E eles, deixando o pai Zebedeu no barco com os empregados, puseram-se a seguir Jesus.
..............................................................................................................................................................
Reflexão
Reflexão
A conversão é fé na palavra e na pessoa de Jesus Cristo
O livro do
profeta Jonas é utilizado nos evangelhos de Lucas e Mateus; ambos os
evangelistas apresentam os ninivitas como exemplo de conversão (Mt 12,41; Lc
11,29-32): eles ouviram a pregação de Jonas e deram provas do desejo de
converterem-se. Os contemporâneos de Jesus, ao contrário, resistem a ouvi-lo e,
por isso, não podem reconhecer nas obras e palavras de Jesus a presença de
Deus. Em Mt 12,40, Jonas, que passou três dias no ventre de uma baleia, é
apresentado como figura de Cristo, que passou três dias no sepulcro, antes de
ressuscitar dos mortos. Mas o mais importante no trecho do livro do profeta
Jonas é o acento na misericórdia de Deus, que se estende a todos os povos,
mesmo aos inimigos de Israel. O Deus de Israel é um Deus sempre pronto a
perdoar (cf. Jr 18,7-8), um Deus que deseja que todos se convertam.
No
evangelho, depois da prisão de João Batista, Jesus começa o seu ministério
público. Há uma distinção entre o tempo do Batista e o de Jesus, do qual João é
o precursor. Termina o tempo da promessa; é inaugurado, agora, com Jesus, o
tempo da realização da promessa. Mas a missão de Jesus começa dando
continuidade ao convite de conversão do Batista. Na boca de Jesus, a conversão
tem conteúdo bastante preciso: trata-se de crer no Evangelho. A conversão é,
então, fé na palavra e na pessoa de Jesus Cristo, Filho de Deus. Trata-se de um
convite universal, dirigido a todos os povos, a abrirem-se à palavra de Jesus
para reconhecerem na sua obra o mistério de Deus. Sem essa confiança, não é
possível reconhecer em Jesus o tempo da visita salvífica de Deus nem colher os
frutos da salvação.
Ao convite à conversão, segue-se o primeiro relato de
vocação do evangelho de Marcos, baseado em 1Rs 19,19-21. O olhar penetrante de
Jesus, que conhece a pessoa para além de qualquer aparência, pois conhece o
coração de cada uma, precede o chamado. O chamado sucessivo feito às duas
duplas de irmãos deve ser considerado na sua unidade. Nas duas ocasiões são
postas condições válidas e exigidas de todos os que respondem positivamente ao
apelo do Senhor. Para seguir Jesus é preciso desapego das coisas materiais e
dos laços afetivos. Sem essa liberdade não será possível viver a vida de Jesus
Cristo. O advérbio de tempo utilizado mostra a urgência da resposta que deve
ser generosa, sem condições da parte daquele que é chamado e aceita o convite.
Reflexão: paulinas.org.br Banner: cnbb.org.br Ilustrações: franciscanos.org.br
...........................................................................................................................
Nenhum comentário:
Postar um comentário