"São as mulheres que transmitem a fé"
Cidade do
Vaticano (RV) – Nesta segunda-feira, 26, o Papa celebrou a missa matutina na
Casa Santa Marta com um pequeno grupo de fiéis. Em sua homilia, o Papa se
inspirou nas leituras do dia.
A Segunda Carta
de São Paulo a Timóteo
Nossa fé é inegociável |
Jesus veio
através de uma mulher
“Vem-me à mente
esta questão: por que são principalmente as mulheres a transmitir a fé?
Simplesmente porque quem nos trouxe Jesus foi uma mulher: foi o caminho
escolhido por Jesus. Ele quis ter uma mãe: o dom da fé também passa pelas
mulheres, como Jesus passou por Maria”.
“E devemos
pensar hoje – sublinha o Papa – se as mulheres têm a consciência do dever de
transmitir a fé”. Paulo convida Timóteo a custodiar a fé, evitando “os
vazios mexericos pagãos, as fofocas mundanas”. “Todos nós – alerta – recebemos
o dom da fé. Devemos custodiá-lo para que ele pelo menos não se dilua, para que
continue a ser forte com o poder do Espírito Santo”. E a fé é custodiada quando
reacende este dom de Deus.
A fé 'água de
rosas'
“Se nós não
temos esse cuidado, a cada dia, de reavivar este presente de Deus que é a fé, a
fé se enfraquece, se dilui, acaba por ser uma cultura: ‘Sim, mas, sim, sim, eu
sou um cristão, sim...’, uma cultura, somente. Ou a gnose, um conhecimento:
‘Sim, eu conheço bem todas as coisas da fé, eu conheço bem o catecismo’. Mas
como você vive a sua fé? E esta é a importância de reavivar a cada dia este
dom, este presente: de torná-lo vivo”.
Contrastam “esta
fé viva” - diz São Paulo - duas coisas: “o espírito de timidez e a vergonha”:
“Deus não nos
deu um espírito de timidez. O espírito de timidez vai contra o dom da fé, não
deixa que cresça que vá para frente, que seja grande. E a vergonha é aquele
pecado: ‘Sim, eu tenho fé, mas eu a cubro, que não se veja muito...’. É um
pouco daqui, um pouco de lá: é a fé, como dizem os nossos antepassados, água de
rosas. Porque eu tenho vergonha de vivê-la fortemente. Não. Esta não é a fé:
nem timidez, nem vergonha. Mas o que é? É um espírito de força, de caridade e
de prudência. Esta é a fé”.
Fé inegociável
O espírito de prudência
- explica o Papa Francisco - é “saber que nós não podemos fazer tudo que
queremos”, significa buscar “as estradas, o caminho, as maneiras” para levar
avante a fé, mas com prudência.
“Peçamos ao
Senhor a graça - conclui o Papa – de ter uma fé sincera, uma fé que não é
negociável, segundo as oportunidades que surgem. Uma fé que a cada dia procuro
reavivá-la, ou pelo menos peço ao Espírito Santo que a revive e assim dê um
grande fruto”. (CM-SP)
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Fonte: radiovaticana.va
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