Respeito, pobres, família
Cidade do
Vaticano (RV) - O Papa Francisco partiu de Manila na manhã desta segunda-feira,
na conclusão de sua viagem apostólica ao Sri Lanka e Filipinas, sétima
internacional de seu Pontificado. Milhares de pessoas tomaram as ruas para
saudá-lo.
O avião papal
aterrissou às 17h38 (14h38 do horário brasileiro de verão) no aeroporto romano
de Ciampino. Antes de retornar ao Vaticano, o Papa visitou a Basílica de Santa
Maria Maior para agradecer a Nossa Senhora pelo bom êxito da viagem. Francisco
tinha consigo um ramalhete de flores a ele oferecido por uma religiosa na
Nunciatura Apostólica, em Manila. O Papa repetiu os gestos das precedentes
viagens apostólicas internacionais, em que sempre visitou a Basílica mariana
antes e depois de cada uma delas.
O Pontífice
enviou os tradicionais telegramas aos chefes de Estado dos países sobrevoados,
entre os quais a China: “Asseguro minhas orações pelo senhor e por todo o povo
da China – escreve o Papa Francisco ao Presidente chinês – invocando sobre vós
abundantes bênçãos de harmonia e prosperidade”. A nova viagem do Papa à Ásia
foi caracterizada por mensagens fortes.
O respeito pelos
outros promove a paz
Três palavras
ressoaram mais insistentemente nestes dias de viagem: respeito, pobres,
família. O Santo Padre afirmou que o ódio e a violência podem ser vencidos
somente com a força do bem e com o “respeito por toda pessoa”.
Protejam as famílias, pois o futuro depende delas |
Também a Igreja
aprendeu na história e “cresceu muito na consciência do respeito” pelas outras
religiões. Não se deve esquecer a própria identidade – disse aos líderes
religiosos no Sri Lanka –, mas “se formos honestos ao apresentar nossas
convicções, seremos capazes de ver mais claramente o que temos em comum”.
O diálogo é
essencial para “entender-nos e respeitar-nos uns aos outros”. Ao mesmo tempo,
“não se deve permitir que as crenças religiosas sejam utilizadas de modo
abusivo para a causa da violência”: matar em nome de Deus é uma aberração”,
disse com veemência, e nestes casos é necessário denunciar.
Porém, recordou
a necessidade de não ofender ou ridicularizar as religiões: “não se pode
insultar a fé dos outros” considerando as religiões “uma espécie de
subcultura”. Também a liberdade de expressão tem um limite. O respeito traz a
paz: não a ofensa, mas “o bálsamo da solidariedade fraterna”.
Justiça e
dignidade para os pobres
Os pobres – a
outra palavra da viagem – foram eles a mensagem, disse o Papa Francisco: os
pobres que têm fé, os pobres explorados, os pobres estão “no centro do
Evangelho”.
É necessário
combater as causas de uma “desigualdade escandalosa”. É um imperativo moral
“assegurar a justiça social” e é Evangelho “ouvir a voz dos pobres”. O
Pontífice chamou a atenção para uma “compaixão mundana” que tranquiliza a
consciência dando alguma moeda. Ao invés, é preciso vencer a corrupção e o
egoísmo e dar novamente dignidade e direitos aos pobres.
Novas
colonizações ideológicas contra a Família
A terceira
palavra é a família. Hoje – disse o Papa – família e matrimônio “estão cada vez
sempre mais sob ataque de forças potentes”. “Estejamos atentos – ressaltou – às
novas colonizações ideológicas” que “buscam destruir a família”.
Há “crescentes
tentativas” de “redefinir a própria instituição do matrimônio mediante o
relativismo, a cultura do efêmero, uma falta de abertura à vida”. Toda ameaça à
família é uma ameaça à própria sociedade”. “O futuro passa através da família.
Portanto, custodiem suas famílias! Protejam suas famílias! – exortou o Santo
Padre. (RL)
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Fonte: radiovaticana.va news.va
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