Luta pelos direitos dos povos indígenas
A luta para
assegurar os direitos dos povos indígenas foi o tema ao qual se dedicou a Santa
Missa da 51ª Assembleia Geral da CNBB desta terça-feira, 16 de abril. A
Celebração Eucarística foi presidida pelo bispo de Roraima, dom Roque Paloschi,
que destacou em sua homilia três palavras em homenagem aos povos indígenas:
gratidão, compromisso e memória.
Dom Roque
destacou que ao longo dos últimos 40 anos o Conselho Indigenista Missionário
(CIMI) lutou pelos direitos dos povos indígenas e suas causas.
O bispo de
Roraima agradeceu ao bispo da Prelazia do Xingu (PA), Dom Erwin Kräutler pelas
constantes lutas em favor dos indígenas no Brasil. “Apesar de perseguido, dom
Erwin recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade do Pará em
gratidão pela sua luta em defesa dos povos indígenas e pela luta contra
construção da Usina de Belo Monte. Convivendo com os povos indígenas a Igreja
está sempre presente diante de suas causas”, afirmou.
O título é a
maior comenda que a universidade concede a alguém. Desde o início, Dom Erwin
abraçou a causa dos povos da Amazônia, envolvendo-se nas lutas concretas dos
indígenas, ribeirinhos, operários, e denunciando as injustiças cometidas contra
pessoas e povos em situação vulnerável.
Dom Roque
afirmou também que esta luta alimenta a esperança de que um mundo mais justo e
destacou a exploração de muitos grupos políticos e econômicos que atacam e
violam os direitos indígenas.
O bispo chamou
atenção para a causa dos índios guaranis kaiowás que estão em pequenas terras e
sofrendo ataques. “Este grito que sobe aos céus não pode passar por nós sem
deixar sua marca e nos comprometer. Isso também é responsabilidade do Estado e
precisa de uma solução”.
Dom Roque
explicou que Jesus multiplica os pães e chamou a atenção para onde está o pão
da justiça e paz para os povos indígenas. “Qual o pão da vida que damos hoje
aos povos indígenas? Pois eu respondo que é a coragem profética de lutar por
sua dignidade”, destacou.
Ao final de sua
reflexão, o bispo pediu a intercessão de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do
Brasil pelas lutas e causas dos indígenas. “Nós iniciamos em uma Igreja
samaritana defendendo o futuro do planeta. O Papa Francisco nos convoca para ir
as periferias do mundo e o que os povos indígenas esperam da nossa Igreja é a
mesma firmeza de muitos mártires dessa causa”, finalizou dom Roque.
Fonte: www.cnbb.org.br
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