"Sejam pastores, não funcionários. Sejam mediadores,
não intermediários"
Cidade do
Vaticano (RV) – Na manhã deste domingo, o Papa Francisco presidiu, na
Basílica de São Pedro, à ordenação de dez novos sacerdotes para a diocese de
Roma. Antes da celebração, o Santo Padre dirigiu-se à Sacristia para rezar
junto com os ordenandos, confiando seus ministérios a Nossa Senhora, um gesto
que costumava realizar por ocasião das ordenações sacerdotais na Argentina.
O Santo Padre
iniciou a homilia refletindo sobre o ministério ao qual estavam sendo elevados
os ordenandos. “Como vocês bem sabem – disse o Papa - o Senhor Jesus é o único
Sumo Sacerdote do Novo Testamento, mas nele também todo o povo de Deus foi
constituído povo sacerdotal”.
Após, explicou
que Jesus quis, entre todos os discípulos, escolher alguns em particular, para
exercerem publicamente na Igreja, em seu nome, a missão sacerdotal em favor de
todos os homens. E acrescentou “o Pai enviou Jesus, que por sua vez enviou
primeiramente os apóstolos e depois os bispos e os seus sucessores, aos quais
foram dados os presbíteros como colaboradores, que, unidos no ministério
sacerdotal, são chamados ao serviço do povo de Deus”.
Aqueles que
serão elevados à ordem dos presbíteros, serão configurados a Cristo, Sumo e
Eterno Sacerdote, ou seja, serão consagrados como verdadeiros sacerdotes do
Novo testamento e este título os une ao seu bispo. Serão pregadores do
Evangelho, pastores do Povo de Deus e presidirão as ações de Culto,
especialmente nas celebrações do sacrifício do Senhor.
Dirigindo-se aos
que receberiam a ordem do presbiterado a seguir, o Santo Padre recordou que
eles seriam participantes da missão de Cristo, único mestre e disse: “Proclamem
a todos a Palavra de Deus que vocês mesmos receberam com alegria. Recordem-se
de vossas mães, de vossas avós, de vossas catequistas que deram a vocês a
palavra de Deus, a fé...aquele dom da fé. Transmitiram a vocês este dom da fé.
Leiam e meditem assiduamente a Palavra do Senhor, para acreditar naquilo que
leram, para ensinar aquilo que aprenderam da fé, e para viver aquilo que
ensinaram.”
O Santo Padre
recordou que “a Palavra de Deus não é propriedade vossa: é a Palavra de Deus. E
a Igreja é guardiã da Palavra de Deus” e pediu que “a vossa doutrina seja
alimento para o Povo de Deus; e o perfume da vossa vida, alegria e sustento aos
fiéis de Cristo, pois com a Palavra e com o exemplo, é edificada a casa de
Deus, que é a Igreja.
A seguir,
Francisco os exorta: “Reconheçam aquilo que fazem. Imitem aquilo que celebram,
para que, participando ao ministério da morte e ressurreição do Senhor, levem
nos vossos membros a morte de Cristo e caminhem com Ele na novidade de vida”.
Falando sobre os
sacramentos do Batismo – que agrega novos fiéis ao Povo de Deus -, e o da
Penitência que perdoa os pecados me nome de Cristo e da Igreja, o Santo Padre
recordou a necessidade da misericórdia e o carinho pelos anciãos: “hoje vos
peço em nome de Cristo e da Igreja, por favor, não se cansem de serem
misericordiosos. Com o óleo santo dareis alívio aos enfermos e também aos
anciãos. Não tenham vergonha de ter ternura com os anciãos...Celebrando os
sagrados ritos e elevando nas diversas horas do dia orações de louvor e
súplica, sereis a voz do Povo de Deus e de toda a humanidade”.
A este ponto, o
Santo Padre uma admoestação: “Conscientes de terem sido escolhidos entre os
homens e constituídos em seu favor para esperar nas coisas de Deus, exercitem
com alegria e com caridade sincera a obra sacerdotal de Cristo, unicamente com
a intenção de agradar a Deus e não a vós mesmos. Sejam pastores, não
funcionários. Sejam mediadores, não intermediários”
Na conclusão, o Santo
Padre pediu-lhes para “terem sempre diante dos olhos o exemplo do Bom Pastor,
que não veio para ser servido, mas para servir e para procurar salvar aquilo
que estava perdido”.
Fontes: www.news.va www.radiovaticana.va
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