128 novos beatos e 6 novos veneráveis Servos de Deus
O Papa autorizou a
Congregação das Causas dos Santos a promulgar os decretos de 128 novos beatos e
6 novos veneráveis Servos de Deus da Itália, França e Espanha.
Mariangela
Jaguraba - Vatican News - O Papa Francisco recebeu, nesta segunda-feira
(23/11), o prefeito da Congregação das Causas dos Santos, dom Marcello
Semeraro. Durante a audiência, o Papa autorizou o dicastério vaticano a
promulgar os decretos de 128 novos beatos e 6 novos veneráveis Servos de Deus,
com o reconhecimento de suas virtudes heroicas.
O Papa reconheceu
o milagre atribuído ao venerável Servo de Deus Mario Ciceri, sacerdote
diocesano, nascido em 8 de setembro de 1900, em Veduggio, na Itália, e morto em
Brentana di Sulbiate, na Itália, em 4 de abril de 1945. Nomeado coadjutor na
paróquia de Sant'Antonino Mártir, em Brentana di Sulbiate, o novo beato
permaneceu ali pelo resto de sua vida, dedicando-se aos jovens, à administração
do Oratório e ao cuidado dos doentes, que ele acompanhava assiduamente. Não
obstante os riscos, durante a II Guerra Mundial, realizou muitas obras de
caridade em favor dos necessitados, dos jovens que tinham partido para a
guerra, dos judeus e dos procurados pelos militares nazifascistas, arriscando
sua vida. Morreu no meio de sua atividade pastoral em 4 de abril de 1945, após
um acidente enquanto andava de bicicleta. O decreto sobre a heroicidade das
virtudes foi promulgado em 1º de dezembro de 2016.
Beatos espanhóis
mortos por ódio à fé
O Papa também
reconheceu o martírio dos Servos de Deus Juan Elías Medina, sacerdote
diocesano, e 126 companheiros, sacerdotes, religiosos e leigos, mortos por
ódio à fé, na Espanha, entre 1936 e 1939. Os novos beatos espanhóis são 127.
Pe. Juan Elías Medina nasceu em Castro del Río, em 16 de dezembro de 1902. Foi
ordenado sacerdote aos 23 anos. Nomeado pároco em sua cidade natal, foi preso
em 22 de julho de 1936 e durante os dias de sua prisão, deu conforto e
assistência espiritual aos seus companheiros. Na manhã de 25 de setembro de
1936, ele e 14 companheiros foram mortos nos portões do cemitério, confessando
a fé com a expressão “Viva Cristo Rei” e perdoando seus assassinos. A execução
se insere no clima de perseguição que, durante a guerra civil, as
milícias republicanas estabeleceram contra todos aqueles que se professaram
membros da Igreja católica, fossem eles consagrados ou leigos. Com pe. Medina,
os 127 mártires cujos massacres foram perpetrados em três vicariatos da diocese
de Córdoba. O grupo é composto por 79 sacerdotes, 5 seminaristas, 3 frades
franciscanos, 1 religioso e 39 fiéis leigos, dos quais 29 homens e 10
mulheres. O ódio à fé foi o motivo predominante: alguns deles eram
comprometidos em atividades eclesiásticas ou eram membros de associações como a
Ação Católica ou a Adoração Noturna do Santíssimo Sacramento. Naqueles anos, a
ferocidade não afetou somente as pessoas, mas também os objetos sagrados e
lugares de culto.
Veneráveis Servos
de Deus da Itália, França e Espanha
O Papa reconheceu
também as virtudes heroicas do Servo de Deus Fortunato Maria Farina, arcebispo
nascido em 8 de março de 1881, em Baronissi, na Itália, morto em Foggia, em 20
de fevereiro de 1954; do Servo de Deus Andrea Manjón y Manjón, sacerdote,
fundador das Escolas da Ave-Maria, nascido em 30 de novembro de 1846, em
Sargentes de Lora, na Espanha, e morto em Granada (Espanha) em 10 de julho de
1923; do Servo de Deus Alfonso Ugolini, sacerdote diocesano, nascido em 22 de
agosto de 1908, em Thionville, na França, e morto em Sassuolo (Itália) em
25 de outubro de 1999; da Serva de Deus Maria Francesca Ticchi, no século
Clementina Adelaide Cesira, monja professa das Clarissas Capuchinhas, nascida
em 23 de abril de 1887, em Belforte all’Isauro, na Itália, e morta em
Mercatello sul Metauro (Itália), em 20 de junho de 1922; da Serva de Deus Maria
Carola Cecchin, no século Fiorina, religiosa professa da Congregação das Irmãs
de São José Benedito Cottolengo, nascida em 3 de abril de 1877, em Cittadella
(Itália) e morta no navio a vapor quando voltava do Quênia para a Itália em 13
de novembro de 1925; e da Serva de Deus Maria Francesca Giannetto, no século
Carmela, religiosa professa da Congregação das Filhas de Maria Imaculada,
nascida em 30 de abril de 1902, em Camaro Superiore, na Itália, e morta
ali em 16 de fevereiro de 1930.
Nenhum comentário:
Postar um comentário