e estendendo a mão aos pobres
Neste ano, o
marco das eleições municipais ganhou um sentido especial e uma motivação que
nos torna mais responsáveis pelo voto a ser registrado na urna. Por um lado, a
festa cívica da Declaração da República, que urge de cada cidadão uma conduta
íntegra, altruísta e devotada ao bem comum, evitando qualquer resquício de
patrimonialismo, peculato ou corrupção. Sim, o poder local é o espaço do
aprendizado do controle social, da transparência e da cobrança aos candidatos.
Este quadro
exige um voto muito apurado e consciente, não dirigido a vantagens, simpatias,
ou valores monetários obtidos em razão da venda do voto. Renunciar a interferir
na escolha democrática de nossos representantes equivale a assumir
voluntariamente a escravidão política. Pelo contrário, nosso voto deve estender
a mão aos pobres, soerguendo-os como cidadãos, através de políticas públicas e
no reconhecimento de sua dignidade fundamental e dos seus direitos sociais.
Claro que nosso
voto não nos isenta das consequências da escolha, isto é, do acompanhamento e
monitoramento devido ao candidato escolhido, lembrando, sempre, que voto não
tem preço, mas, sim, compromisso. Uma cidade sustentável, protetiva da vida,
justa, fraterna, só pode acontecer com a participação e inclusão de todos/as.
Depositaremos,
na urna, nosso sonho e esperança do direito a ser e habitar numa cidade em que
seja prazerosa, e alegre a convivência, hospitaleira e acolhedora, digna de ser
a morada do Santíssimo Salvador nosso querido padroeiro. Deus seja louvado!
Dom Roberto Francisco Ferreria Paz - Bispo Diocesano de Campos ( RJ)
Nenhum comentário:
Postar um comentário