a proposta que desafia o futuro
Na próxima
quinta-feira, 19 de novembro, abre-se os três dias da "Economia de
Francisco", a iniciativa lançada pelo Pontífice para os jovens economistas
e empresários para promover um processo de mudança global.
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Papa Francisco e alguns jovens durante a Jornada Mundial da Juventude na Polônia em 2016 |
Amedeo Lomonaco
– Vatican News - Uma nova maneira de entender a economia de acordo com o
espírito de São Francisco de Assis e da encíclica Laudato si’. Criar um
movimento de jovens economistas para traduzir na vida cotidiana a
encíclica Fratelli tutti. Estes são os objetivos da "Economia de
Francisco", o encontro com os jovens economistas desejado pelo Santo
Padre, agendado para os dias 19, 20 e 21 de novembro próximo. No centro deste
evento internacional, temas cruciais, como trabalho, finanças, educação, inteligência
artificial. Devido à emergência sanitária causada pela Covid-19, será realizado
online ao vivo e em streaming. Foi confirmada a participação
"virtual" do Papa Francisco. Entre os palestrantes em diálogo com
esta comunidade especial estão Muhammad Yunus, economista e Prêmio Nobel da Paz
2006, Vabdana Shiva, membro do Fórum Internacional sobre Globalização, e
Stefano Zamagni, presidente da Pontifícia Academia de Ciências Sociais. O
próximo encontro, que será presencial, será no final de 2021 em Assis, onde São
Francisco se despojou de toda a mundanização e escolheu Deus como a estrela
polar de sua existência.
Dar uma alma à
economia de amanhã
Jovens,
economistas, empresários e ativistas de todo o mundo são convidados a refletir
juntos para assinar um pacto intergeracional que visa mudar a economia atual e
dar uma alma à economia do amanhã, para que esta seja mais justa, inclusiva e
sustentável. Como o Papa Francisco tem repetidamente destacado, "tudo está
intimamente ligado e a proteção ambiental não pode ser separada da justiça aos
pobres, da solução dos problemas estruturais da economia mundial".
Portanto, é necessário corrigir modelos de crescimento que não respeitem o
homem, o meio ambiente, a dignidade da pessoa. Na carta dirigida aos jovens
economistas, empresários e empresárias de todo o mundo por ocasião da
"Economia de Francisco", o Pontífice indica o caminho do modelo
econômico a ser construído, o de "uma economia diferente, que faça as
pessoas viverem e não mate, inclua e não exclua, humanize e não desumanize,
cuide da criação e não a deprede". Um novo modelo econômico, portanto,
"fruto de uma cultura de comunhão, baseada na fraternidade e na
equidade". São em particular os jovens, artesãos do futuro, os chamados a
tecer a economia de Francisco.
A resposta dos
jovens ao apelo do Papa
A secretaria do
evento recebeu mais de 3.000 inscrições de jovens de 120 países dos cinco
continentes. Ligados à economia, gestão, filosofia, sociologia, teologia,
proteção ambiental, recursos naturais, consumo responsável e estilos de vida,
produção, inovação, trabalho, finanças, investimento para o desenvolvimento,
pobreza, igualdade e dignidade humana, educação e novas gerações, inteligência
artificial, novas tecnologias.
Há muitos que
responderam com entusiasmo ao apelo do Papa Francisco. É o que aponta Domenico
Rossignoli, pesquisador da Universidade Católica do Sagrado Coração de Milão,
na Faculdade de Ciências Políticas. "Devemos ter a coragem", disse
ele ao Vatican News, "de redescobrir a essência mais importante da
economia": a de nos dizer como viver juntos, todos nós, da melhor maneira
possível". "E fazer desta economia algo que nos impulsione a
construir um mundo onde os recursos possam ser utilizados para o bem de todos e
não apenas de alguns".
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