Trabalhos concentram-se na redação dos documentos finais
Cidade do
Vaticano (RV) - Iniciado dia 5 de outubro, o Sínodo extraordinário
dedicado à família encontra-se em sua última fase. De fato, os trabalhos
sinodais desta sexta-feira dedicam-se à redação dos documentos finais, que
neste sábado serão apresentados e votados.
Partilha
universal e liberdade de palavra: assim, o presidente dos bispos franceses, Dom
Georges Pontier, definiu os trabalhos sinodais durante a coletiva realizada
esta sexta-feira na Sala de Imprensa da Santa Sé.
Além do prelado
francês e do porta-voz vaticano, Pe. Federico Lombardi, participaram da
coletiva o presidente da Conferência episcopal alemã, Cardeal Reinhard Marx, e
a Dra. Ilva Myriam Hoyos Castañeda, que se pronunciou no Sínodo na qualidade de
auditora.
Uma experiência
de partilha universal, caracterizada pela liberdade de palavra e pelo
intercâmbio: Dom Pontier descreveu deste modo o trabalho deste Sínodo dedicado
aos desafios pastorais da família no contexto da evangelização, ressaltando, em
seguida, que é importante recordar as famílias felizes, além daquelas que vivem
situações pastorais difíceis.
O caminho da
Assembleia foi progressivo, explicou ainda o presidente dos bispos franceses:
apesar das diferentes realidades continentais, partiu-se das bases comuns dos
princípios fundamentais da Igreja sobre a família e da tutela da vida, e,
portanto, seria surpreendente se não se chegasse a um consenso sobre os
documentos finais.
Sinodalidade na Caridade |
Em seguida,
respondendo a uma pergunta sobre a manifestação realizada na França em defesa
da família, Dom Pontier expressou apreço pelo empenho dos jovens na tutela dos
valores fundamentais para todos, não somente para os cristãos.
Por sua vez, o
Cardeal Marx fez votos de que os trabalhos sinodais deem impulso à Pastoral da
Família e descreveu o debate como animado pela vontade de encontrar um caminho
comum.
Quanto à questão
dos homossexuais, o presidente dos bispos alemães falou de acompanhamento
espiritual a fim de que possam compreender como viver o Evangelho, o que não
implica, em todo caso, uma aceitação, por parte da Igreja, de tal prática
sexual.
Em relação aos
divorciados recasados, o purpurado recordou que a Igreja alemã falou de modo
aprofundado sobre a possibilidade, para tais pessoas, do acesso ao sacramento
da Eucaristia. Por sua vez, a Dra. Hoyos ressaltou:
É necessário um
diálogo entre Estado e Igreja, no respeito pela liberdade religiosa e pela
doutrina social da Igreja, e que reitere a importância do engajamento dos
católicos na vida pública, disse ela.
Por fim,
respondendo a perguntas de jornalistas, Pe. Lombardi voltou ao debate que se
realizou na manhã desta quinta-feira na Sala do Sínodo, referindo-se à
publicação dos Relatórios dos Círculos menores:
"Foi
colocada a questão de se publicar ou não tais Relatórios. E o Sínodo – sem
nenhuma hesitação – optou pela publicação, o que fizemos muito serenamente e
que correspondia ao que havíamos previsto fazer." (RL)
Fonte: radiovaticana.va news.va
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