Às
vésperas do Conclave os católicos aguardam com expectativa o início da eleição
do próximo papa.
Segundo
dados do Anuário Estatístico da Igreja da Santa Sé de 2012 os católicos
representam 17,5% da população mundial, ou seja, cerca de 1, 2 milhões de fiéis.
Na América Latina vive quase metade dos católicos de todo o mundo, cerca de 500
milhões.
Segundo
o Secretário da Pontifícia Comissão para a América Latina, Guzmán Carriquiry
Lecour, os desafios da Igreja presente na América Latina, começam “dentro” dela
mesma. “O maior desafio para a Igreja não vem de fora. Na América Latina,
o maior desafio é como a fé é celebrada, como é vivida, comunicada e
evangelizada”.
Para
o secretário o novo papa deve levar em consideração o valor da Igreja
latino-americana que congrega quase a metade de fiéis de todo o mundo, e também
para dar continuidade ao trabalho desenvolvido por Bento XVI. “O novo Papa
provavelmente irá continuar a levar adiante as diretrizes estabelecidas pelo
Papa Bento XVI, que confiou à Pontifícia Comissão para a América Latina. O
objetivo é fortalecer os laços com a América Latina e a comunhão com as igrejas
. América Latina é extremamente importante para a Igreja Católica, uma vez que
é composta por 46% dos católicos de todo o mundo”.
No
Brasil, são 133, 6 milhões de fiéis, sendo o país com o maior número de
católicos no mundo, segundo dados da Pew Research Forum.
Para
dom Odilo Pedro Scherer, os desafios da Igreja do Brasil são muitos e
relacionados com a evangelização dos povos em diferentes culturas e na
realidade atual. “São os desafios de toda a Igreja, que se manifestam em toda
parte: a nova evangelização, a transmissão da fé, a perseverança na fé e a
operosidade dos filhos da Igreja para a irradiação da luz e da força viva do
Evangelho no mundo... Há os desafios internos da renovação constante da Igreja,
para que ela viva no compasso do tempo e da cultura, sem deixar de ser ela
mesma; há os desafios externos, representados pela cultura do nosso tempo,
muitas vezes, fechada ao Evangelho, senão, contrária a ele. Há os desafios da
presença pública da Igreja no mundo, no contexto da política, da economia, da
educação, das relações sociais e internacionais”.
Para
dom Raymundo Damasceno, cardeal arcebispo de Aparecida e presidente da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, uma papa latino-americano seria
bem-vindo. “Acho
que um papa latino americano seria uma bênção. Especialmente um papa
brasileiro. Mas um papa não se escolhe pela geografia, tem de ser pastor",
diz.
Fonte: Portal A12.com Ilustração: Site da CNBB
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