A
Igreja é a grande família de Deus,
mesmo com seus defeitos e imperfeições
mesmo com seus defeitos e imperfeições
Cidade do
Vaticano (RV) – Cerca de 90 mil fiéis lotaram a Praça S. Pedro para a
Audiência Geral desta quarta-feira. Depois de fazer
o giro da Praça para saudar a multidão, debaixo de garoa, o Papa iniciou esta
manhã um novo ciclo de catequeses, que tratará do mistério da Igreja a partir
de expressões presentes nos textos do Concílio Vaticano II.
A primeira delas
foi: a Igreja como família de Deus. A parábola do filho pródigo, afirmou o
Papa, indica bem o desígnio de Deus para a humanidade. Ele quer fazer de nós
uma única família, para que cada um sinta sua proximidade e o seu amor.
Neste grande
desígnio, a Igreja encontra sua raiz. A própria palavra “Igreja”, do grego ekklesia,
significa “convocação”: Deus nos convoca, nos impulsiona a sair do
individualismo, da tendência de fechar-se em si mesmo e nos chama a fazer parte
da sua família. Toda a história da salvação é a história de Deus que busca o
homem, lhe oferece o seu amor e o acolhe. Na plenitude dos tempos, Ele mandou
Seu Filho, Jesus Cristo, para nos comunicar a vida divina.
A Igreja tem a
sua origem na Cruz, do lado aberto de Cristo de onde jorraram sangue e água,
símbolos dos Sacramentos da Eucaristia e do Batismo. No dia de Pentecostes,
recebendo o dom do Espírito Santo, Ela se manifesta ao mundo, anunciando o
Evangelho e difundindo o amor de Deus.
“Mas é
justamente a Igreja que nos traz Cristo e que nos leva a Deus; a Igreja é a
grande família dos filhos de Deus. Certamente há também aspectos humanos;
naqueles que a compõem, pastores e fiéis, há defeitos, imperfeições e pecados:
também o Papa tem pecados. E muitos! Mas o belo é quando nos damos conta de
sermos pecadores, e encontramos a misericórdia de Deus. Deus perdoa sempre. Não
se esqueçam disso: Deus perdoa sempre.”
Quando pecamos,
ofendemos a Deus - afirmou. Mas Ele nos dá a oportunidade de nos humilhar para
perceber que existe algo maior, que é a sua misericórdia.
Devemos nos
perguntar: quanto eu amo a Igreja? Rezo por ela? Sinto-me parte desta família?
Neste Ano da Fé, concluiu o Pontífice, peçamos ao Senhor que as nossas
comunidades sejam sempre mais verdadeiras famílias que vivem e transmitem o
calor de Deus.
No final da
audiência, o Papa saudou de modo especial os jovens poloneses que se reunirão
em 1º de junho numa vigília em Lednica para refletir sobre o tema da
paternidade.
Aos romanos, o
Santo Padre recordou que nesta quinta-feira, festa de Corpus Christi, celebrará
às 19h a Santa Missa em São João de Latrão, ao final da qual se realizará a
procissão que se concluirá em Santa Maria Maior. “Convido os fiéis de Roma e os
peregrinos a se unirem neste ato de profunda fé pela Eucaristia, que constitui
o mais precioso tesouro da Igreja e da humanidade. (BF)
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