33º Domingo do Tempo Comum
A primeira leitura nos faz o elogio da mulher ideal. Ela
transmite ao seu marido paz, serenidade e harmonia. Ela não restringe suas
preocupações ao marido e aos filhos, mas como sede do amor, se preocupa com
todas as pessoas, especialmente com aquelas que estão sob seu teto, como os
empregados e afins. Ela é generosa para com os pobres e os socorre.
Por outro lado
ela é profundamente religiosa e se ocupa com as coisas do Senhor. Em nossa
sociedade é principalmente a mulher que passa para os filhos a formação
espiritual.
O texto também
nos fala da laboriosidade da dona da casa. Levanta cedo, se deita tarde, suas
mãos são produtoras, ocupa-se sempre em proporcionar bem-estar a todos que
estão em casa.
Essa mulher tem
em Nossa Senhora o seu modelo e nela se inspira, diversamente de outras que
sacrificam a família e sua própria felicidade para possuir um corpo de acordo
com os ditames da época e suas atenções são voltadas para si mesma e não para
seus queridos. Maria, a filha querida do Pai, a Mãe de Jesus, a esposa do
Espírito Santo e companheira de José é chamada a cheia de graça exatamente
porque soube ser a mulher madura, voltada para os outros e disposta a amar
plenamente até às últimas consequências. Essa é a mulher ideal, a mulher
realizada, feliz! Não possui traumas e nem recalques. É realizada e realiza,
consequentemente, seu marido, seus filhos. Ela proporciona realização a todos
os que estão a seu lado.
Essa mulher
ouviu os conselhos da segunda leitura da liturgia de hoje, a 1ª Carta de São
Paulo aos Tessalonicenses, quando diz “...sejamos vigilantes e sóbrios”.
Essa mulher
também ouviu a parábola de Jesus contada por São Mateus no Evangelho deste
domingo. Ela não enterrou, mas soube fazer frutificar todos os talentos que
recebeu. Através do amor ao marido e aos filhos, através da atenção aos
empregados, através da caridade para com os pobres, com os doentes e com os
necessitados, através da atenção para com os vizinhos e colegas, ela soube
multiplicar todos os dons que o Senhor lhe deu.
Pe. Cesar Augusto
dos Santos SJ
Fonte: radiovaticana.va
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