1º Domingo do Advento
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Evangelho: Mc 13,33-37
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“Cuidado! Ficai
atentos, pois não sabeis quando chegará o momento. É como um homem que, ao
viajar, deixou sua casa e confiou a responsabilidade a seus servos, a cada um
sua tarefa, mandando que o porteiro ficasse vigiando. Vigiai, portanto, pois
não sabeis quando o senhor da casa volta: à tarde, à meia-noite, de madrugada
ou ao amanhecer. Não aconteça que, vindo de repente, vos encontre dormindo. O
que vos digo, digo a todos: vigiai!”
Reflexão
Advento, tempo de graça
Com o primeiro
domingo do Advento, começamos um novo ano litúrgico. Para os cristãos, trata-se
de um verdadeiro início de ano, pois a vida cristã é marcada pela celebração do
mistério de Deus, revelado em Jesus Cristo. O Advento é um tempo de graça, um
itinerário que nos prepara para celebrarmos o mistério do Natal do Senhor. A
disposição requerida para esse tempo é a “vigilância”.
Que a vigilância seja como luzes constantes a nos iluminar |
No centro do
trecho do livro do profeta Isaías está a confissão da culpa do povo: ele se
afastou do Deus único e verdadeiro. É em razão dessa distância que o povo não
consegue mais reconhecer a face de Deus (64,6). O mal em nós oculta a imagem de
Deus, faz os nossos olhos pesados, incapazes de reconhecer o Senhor e a sua
ação, na história, em favor do povo, porção de sua herança. “Escondeste de nós
a tua face” (64,6). O autor do nosso texto talvez não imaginasse que a
verdadeira face de Deus só poderia ser conhecida em Jesus Cristo, “imagem do
Deus invisível” (Cl 1,15).
O capítulo treze
do evangelho de Marcos é denominado de discurso escatológico de Jesus, isto é,
discurso sobre as coisas últimas ou definitivas. Esse tipo de discurso não tem
por finalidade prever ou contar como será o futuro, mas insiste sobre a
necessidade de se estar espiritualmente preparado para os eventos que
acontecerão.
Fundamentalmente,
podemos falar de três aspectos dessa preparação espiritual: “superar a superficialidade
da vida; vencer as armadilhas da sensualidade que nos mantêm prisioneiros das
coisas terrenas; desmontar o engano proveniente das necessidades da
existência”, que fecham cada um na busca desenfreada do seu próprio bem-estar.
Nesse sentido, a vigilância é uma atitude de quem está atento aos enganos do
inimigo da natureza humana e, com a graça de Cristo, supera suas armadilhas.
“Vigiar” é, ainda, se manter fiel à tarefa dada por Deus; trata-se de assumir o
seu papel e sua tarefa no Reino de Deus. A vigilância exige, ainda, a oração
para não cair no poder da tentação (cf. Lc 22,46).
Reflexão: paulinas.org.br Banner: cnbb.org.br Ilustração: a12.com
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