Papa Francisco sobre texto de São Paulo:
“Este é o alfabeto, a gramática de base de todo ministério!”
Cidade do Vaticano (RV) – Quarta-feira é dia de Audiência Geral. A chuva que se abateu esta manhã sobre Roma não impediu que milhares de fiéis comparecessem à Praça São Pedro para encontrar o Papa Francisco.
Tudo é dom, tudo é graça |
Devido ao mau
tempo, os enfermos e cadeirantes cumprimentaram o Pontífice antes do início da
Audiência, na Sala Paulo VI. Já na Praça, Francisco a percorreu a bordo do seu
papamóvel para receber e retribuir o carinho dos peregrinos.
Diante da
Basílica, o Papa prosseguiu sua série de catequeses sobre a Igreja, falando
desta vez sobre as qualidades e as virtudes necessárias para ser bispo,
presbítero e diácono.
O apóstolo
Paulo, nas chamadas Cartas Pastorais, não se limita a enumerar dons e graças
sobrenaturais, mas fala de dotes como ser hospitaleiro, sóbrio, paciente, de
coração bondoso, ou seja, qualidades tipicamente humanas que predispõem os
ministros da Igreja para se relacionar com os outros de forma respeitosa e
sincera. “Este é o alfabeto, a gramática de base de todo ministério!”, disse o
Papa.
Entretanto uma
pessoa não é escolhida para bispo, presbítero ou diácono por ser mais
inteligente, mais capaz ou melhor do que os outros, mas porque recebeu de Deus
um dom particular. De fato, a recomendação fundamental que Paulo faz a Timóteo
é que reavive continuamente o dom recebido pela imposição das mãos.
“Esta
consciência de que tudo é dom, tudo é graça ajuda o pastor da Igreja a não cair
na tentação de se colocar no cento da atenção ou de confiar unicamente em si
mesmo. São as tentações da vaidade, do orgulho, da suficiência e da soberba. Ai
de um ministro se pensar que sabe tudo, que tem sempre a resposta justa para
cada coisa e que não precisa de ninguém”. Jamais poderá assumir uma atitude
autoritária, como se todos estivessem a seus pés e a comunidade fosse sua
propriedade, o seu reino pessoal.
Pelo contrário,
explicou Francisco, sentindo-se objeto da misericórdia e compaixão de Deus, o
ministro da Igreja procurará ser sempre humilde e compreensivo com os outros.
Mesmo chamado a custodiar com coragem o depósito da fé, ele se colocará à
escuta das pessoas. De fato, ele é consciente de ter sempre algo a aprender,
também daqueles que ainda estão distantes da fé e da Igreja. E, com seus irmãos
no ministério, tudo isto o leva a assumir uma atitude nova, marcada pela
partilha, a corresponsabilidade e a comunhão.
“Devemos
continuar sempre a rezar, para que os pastores das nossas comunidades possam
ser imagem viva da comunhão e do amor de Deus”, exortou por fim o Papa.
A seguir, saudou
os fiéis oriundos de várias partes do mundo. Aos de língua portuguesa, disse:
"Amados
peregrinos de língua portuguesa, saúdo-vos cordialmente a todos, com menção
especial para os paroquianos de Nossa Senhora de Guadalupe de Curitiba e os
diocesanos de Tubarão, os fiéis da Capela Militar Nossa Senhora da Conceição e
da paróquia Jardim da Imaculada. Não nos cansemos de vigiar sobre os nossos
pensamentos e atitudes para saborear desde já o calor e o esplendor do rosto de
Deus, que havemos de contemplar em toda a sua beleza na vida eterna. Desça,
generosa, a sua Bênção sobre vós e vossas famílias!" (BF)
Fonte: radiovaticana.va
........................................................................................................................
Nenhum comentário:
Postar um comentário