Papa Francisco:
"Irmãos devastadores, convertam-se"
Roma (RV) - O
Papa Francisco presidiu na tarde deste sábado, 1º de novembro, às 16 horas
locais, no Cemitério romano do Verano, a Santa Missa na Solenidade de Todos os
Santos. Durante a celebração foram expostas à veneração dos fiéis, ao lado da
Imagem de Nossa Senhora do Rosário, as relíquias dos dois últimos Papas canonizados:
João XXIII e João Paulo II.
Convertam-se para a paz |
A missa foi
concelebrada pelo Cardeal Vigário, Dom Agostino Vallini; presentes também o
vice-gerente, Dom Filippo Iannone e o Bispo auxiliar Dom Matteo Zuppi. Rezou-se
também pelos cristãos perseguidos por causa da fé e pelos pobres. Na conclusão
a benção dos túmulos.
Na sua homilia,
improvisada, o Papa Francisco fez um apelo para que os “irmãos devastadores”
convertam-se. Em particular, o Papa recordou uma imagem que, como disse, “está
no coração de todos. Nós somos capazes de devastar a terra, melhor do que os
anjos. Isso estamos fazendo: devastar as culturas, os valores, a esperança,
elencou o Papa. E quanto precisamos da força do Senhor”. Então o apelo do Papa
"para interromper essa louca corrida de destruição de tudo o que Deus nos
deu”.
O Papa tomou
como exemplo a primeira leitura tirada do Livro do Apocalipse, quando os quatro
anjos que receberam a ordem para destruir a terra, recebem a ordem para não
destruí-la mais.
Mãe do Rosário, rogai por nós! |
Bergoglio disse
em seguida ter visto antes da missa as fotos do bombardeio de Roma, 71 anos
atrás, e de ter pensado: isso foi tão grave, tão doloroso, isso não é nada em
comparação do que hoje acontece. O homem se apropria de tudo, se crê Deus, se
crê o Rei. “E as guerras: as guerras que continuam, não semeiam grãos de vida”.
Devido ao seu
patrimônio artístico, o cemitério de Verano é considerado um museu ao ar livre
sem igual pela quantidade e a particularidade dos testemunhos dos sepulcros, de
um valor inestimável por seu perfil histórico, artístico, cultural e
espiritual.
O cemitério foi
fundado durante a época napoleônica, 1805-1814: seu projeto foi confiado a
Giuseppe Valadier entre 1807 e 1812, e foi terminado por Virginio Vespignani.
Na entrada
principal, o cemitério acolhe os fiéis com quatro esculturas impressionantes
que representam a meditação, esperança, caridade e o silêncio. O Cemitério de
Verano deve seu nome, Verano, ao antigo campo que pertenceu aos “Verani”, uma
antiga família de senadores. (SP)
Fonte: radiovaticana.va news.va
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