32º Domingo do Tempo Comum
Festa da Dedicação da Basílica do Latrão
1ª Leitura: Ez 47,1.2-8-9.12 Salmo: 46(45) 2ª Leitura: 1Cor 3,9c-11.16-17Festa da Dedicação da Basílica do Latrão
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Evangelho: Jo 2,13-22
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Estava próxima a
Páscoa dos judeus; Jesus, então, subiu a Jerusalém. No templo, encontrou os que
vendiam bois, ovelhas e pombas, e os cambistas nas suas bancas. Então fez um
chicote com cordas e a todos expulsou do templo, juntamente com os bois e as
ovelhas; jogou no chão o dinheiro dos cambistas e derrubou suas bancas, e aos
vendedores de pombas disse: “Tirai daqui essas coisas. Não façais da casa de
meu Pai um mercado!” Os discípulos se recordaram do que está escrito: “O zelo
por tua casa me há de devorar”. Então os judeus perguntaram a Jesus: “Que sinal
nos mostras para agires assim?” Jesus respondeu: “Destruí vós este templo, e em
três dias eu o reerguerei”. Os judeus, então, disseram: “A construção deste
templo levou quarenta e seis anos, e tu serias capaz de erguê-lo em três dias?”
Ora, ele falava isso a respeito do templo que é seu corpo. Depois que Jesus
fora reerguido dos mortos, os discípulos se recordaram de que ele tinha dito
isso, e creram na Escritura e na palavra que Jesus havia falado.
"Não façais da casa de meu Pai um mercado!" |
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Reflexão
Jesus é o verdadeiro Templo, o lugar em que Deus habita
Com as nuances
próprias a cada evangelista, o episódio da purificação do Templo encontra-se
também nos evangelhos sinóticos (Mt 21,12-13; Mc 11,11.15-17; Lc 9,45-46). Era
escandaloso o que acontecia no Templo, de modo especial nas grandes festas
judaicas e, sobretudo, na Páscoa. Os sumos sacerdotes e toda a aristocracia
ligada ao Templo se aproveitavam das festas religiosas para intensificar o
comércio e, consequentemente, o câmbio de moedas. Aproveitam-se da
obrigatoriedade que todo judeu piedoso tinha de oferecer sacrifícios e das
longas distâncias que os peregrinos percorriam para chegarem a Jerusalém, a fim
de comercializarem todo tipo de animais prescritos pela Lei para serem
oferecidos em sacrifício. Além disso, a moeda para a compra tinha de ser pura,
isto é, não podia conter nenhuma efígie ou inscrição que pudesse denotar
idolatria. Daí a necessidade de os compradores terem de trocar suas moedas pela
moeda “pura” do Templo de Jerusalém, inclusive para fazerem as ofertas
voluntárias que eram depositadas nos cofres (cf. Lc 21,1-4). A cena é
dramática: com um chicote, Jesus expulsa do Templo comerciantes e cambistas. A
razão da atitude de Jesus, sentida como violenta pelos judeus, é dada pela
evocação de uma passagem do profeta Zacarias: “… Já não haverá mercadores no
Templo do Senhor dos exércitos” (Zc 14,21) e pela recordação dos discípulos que
encontram no Sl 69,10 uma justificativa pelo que Jesus fez. A pergunta dos
judeus a Jesus é pelo significado do gesto. Ao que Jesus responde, em primeiro
lugar, numa profecia ex eventu, de que o Templo construído por mãos humanas
será destruído e passará, e, em segundo lugar, revela um novo lugar da
habitação de Deus. Jesus é o verdadeiro Templo, o lugar em que Deus habita;
onde Ele é encontrado e se deixa encontrar. Ele é que será destruído, na morte
violenta numa cruz, mas reerguido pelo poder de Deus, com sua gloriosa
ressurreição. O anúncio da destruição do Templo de Jerusalém é anúncio,
igualmente, da abolição dos sacrifícios antigos, pois eles não podiam salvar os
homens de seus pecados; somente o Cristo que ofereceu o sacrifício de sua vida
de uma vez por todas e entrou no santuário eterno é que salva toda a humanidade
(cf. Hb 9,1-14; 10,11-18).
Reflexão: paulinas.org.br Banner: cnbb.org.br Ilustração: franciscanos.org.br
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