quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Presidência da CNBB apresenta

o Ano da Paz e nota pós-eleições


A paz é fruto da justiça. É importante superarmos as diferenças sociais em nosso país”, disse o arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Raymundo Damasceno Assis, durante entrevista coletiva à imprensa, realizada hoje, 20, em Brasília. O cardeal referia-se ao Ano da Paz, que será lançado pela Conferência no primeiro domingo do Advento, 30 de novembro, e se estenderá até o Natal de 2015.
 A iniciativa foi aprovada, por unanimidade, pelos bispos do Brasil na 52ª Assembleia Geral da CNBB, em maio deste ano. “A proposta é que o Ano da Paz seja um período de reflexão e ação para a superação da violência”, explicou dom Damasceno.
Dom Leonardo, Dom Raymundo e Dom Belisário
O bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, informou que alguns eventos previstos no calendário da Igreja poderão reforçar a iniciativa como, por exemplo a Campanha da Fraternidade 2015, que terá como tema “Fraternidade: Igreja e Sociedade” e trará elementos de reflexão sobre a paz.
Segundo dom Leonardo, a proposta é articular ações em âmbito nacional, como caminhadas em favor da paz, em todas as dioceses e cidades do Brasil. “Também há sugestões de iniciativas nas escolas e universidades, com o objetivo de despertarmos nossos jovens para a importância da paz”, acrescentou.
Dom Damasceno disse que a CNBB vai procurar envolver todas as organizações da sociedade. “Precisamos ajudar a reconstruir relações de harmonia, amor, fraternidade e respeito”, disse dom Damasceno. 
Eleições e reforma política
Durante a coletiva, foi divulgada a nota “Brasil pós-eleições: compromissos e desafios”, aprovada na reunião do Conselho Episcopal Pastoral, reunido em Brasília, nos dias 18 e 19 de novembro.
O texto, lido pelo arcebispo de São Luís (MA) e vice-presidente da CNBB, dom José Belisário,  recorda aos eleitos em outubro deste ano a responsabilidade que possuem “de não frustrar as expectativas no exercício do seu mandato, bem como o dever de governar para todo o povo brasileiro”.
Os bispos reafirmam a importância da participação da Igreja na Política como auxílio “na construção de uma sociedade justa e fraterna”. A Conferência destaca a urgência da reforma política, como medida contra a corrupção no país.
De acordo com dom Leonardo, já foram coletadas cerca de 600 mil assinaturas em apoio ao Projeto de Lei de Iniciativa Popular pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas. Entretanto, são necessárias 1 milhão e 500 mil assinaturas.
A reforma política é outra urgência inadiável. Convicta disso, a CNBB se empenhará ainda mais na coleta de assinaturas para o Projeto de Lei de Iniciativa Popular proposto pela Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas. À reforma política, entretanto, é necessário unir outras reformas igualmente urgentes como a tributária e a agrária. O Brasil não pode mais conviver com tanta omissão em relação a estas e outras matérias que lhe são vitais”, afirmam os bispos na nota. 
Segundo dom Damasceno, a intenção é entregar o Projeto de Lei de Iniciativa Popular ao Congresso Nacional na próxima legislatura,  em fevereiro ou março. "Esperamos que o congresso seja sensível a esse apelo da sociedade e coloque na pauta, como prometeram todos os candidatos. A reforma política foi compromisso de todos", disse o presidente da CNBB.  
                                                                                                Fonte: cnbb.org.br
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