quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Francisco ao G20:

Mundo espera acordo para o fim da crise no Oriente Médio

Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco enviou uma mensagem ao Primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott, por ocasião da próxima cúpula do G20, marcada para os dias 15 e 16 de novembro em Brisbane. A agenda do encontro dos representantes das maiores 20 economias mundiais discutirá o crescimento sustentável da economia para afastar a recessão.
É preciso criar oportunidades em favor de todos
Francisco recorda, contudo, que as cúpulas do G20 começaram em 2008, quando a crise financeira levou a inúmeros conflitos armados que provocaram “desentendimentos” entre os membros do grupo. Todavia, reiterou o Pontífice, “isso não impediu um diálogo genuíno no que diz respeito à segurança e à paz mundial”. Mas advertiu, claramente: “Isso não basta!”.
“O mundo inteiro espera do G20 um acordo sempre mais amplo que possa levar, na ordenação das Nações Unidas, a uma interrupção definitiva no Oriente Médio da injusta agressão cometida contra diferentes grupos – religiosos e étnicos – incluídas as minorias”. Francisco prossegue dizendo que este tão esperado acordo “deveria ainda conduzir à erradicação das causas profundas do terrorismo, que alcançou proporções até então inimagináveis”.
Outro tema abordado pelo Papa na carta ao G20 é a preocupação com o crescimento dos níveis globais de desemprego. “É imperativo criar oportunidades de trabalho dignas, estáveis e a favor de todos”, exortou Francisco.
Ao recordar que as próprias nações que fazem parte do G20 ainda precisam vencer problemas como a fome, o crescimento do desemprego e a exclusão social, o Papa conclama os chefes de Estado do G20 a “não esquecer que por detrás destas discussões técnicas e políticas estão em jogo muitas vidas e que seria lamentável se tais discussões gerassem somente ‘declarações de princípio’”.
Com a esperança de que os temas da agenda do G20 possam realmente atingir um consenso “substancial e efetivo”, Francisco pede que as decisões “não se restrinjam aos índices globais, mas que levem em consideração o real melhoramento das condições de vida das famílias mais pobres e à redução de todas as formas inaceitáveis de desigualdade”. (RB)
                                                                                     Fonte: radiovaticana.va
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