Se Pedro fecha as portas do Paraíso, Maria as abre
Antes da missa
celebrada nesta quinta-feira em Castel Gandolfo, o Santo Padre encontrou as
clarissas do mosteiro de clausura de Albano. O encontro durou cerca de quarenta
e cinco minutos. A Rádio Vaticano entrevistou a madre abadessa, Maria Assunta
Fuoco, e a madre vicária, irmã Maria Concetta.
Como foi o
encontro com o Papa?
Monjas acolhem o Papa |
Madre Maria
Assunta Fuoco: "É difícil expressar os sentimentos que vivemos neste
breve, mas intenso encontro, porém, o Santo Padre deixou-nos o seguinte:
exortou-nos a viver profundamente a nossa vocação permanecendo fiéis ao nosso
carisma, portanto, naquela simplicidade, naquela busca de essencialidade,
naquela pobreza que nos faz sentir, todas, irmãs. Portanto, esta busca forte de
viver uma relação fundada no amor do Senhor. É um pouco aquilo que a pessoa do
Papa Francisco expressa: uma humanidade muito rica, uma humanidade que não se
detém no acessório, mas busca a profundidade, criando relação. São palavras que
ele nos disse, o seu estar no meio de nós, muito simples, mas aquela
simplicidade que revela uma profundidade muito forte. Portanto, é um momento
que é difícil expressar verdadeiramente! Porém, foi uma alegria e uma força que
chama ainda mais a uma responsabilidade autêntica, verdadeira, da nossa
resposta ao Senhor pela Igreja e pelo Santo Padre".
O que mais a
impressionou do encontro com o Papa?
Irmã Maria
Concetta: "Contou-nos uma coisa simpática, bonita, que nos fez a todos
sorrir, inclusive ele mesmo: Maria está à porta do Paraíso; São Pedro nem
sempre abre a porta quando chegam os pecadores e, então, Maria sofre um pouco,
porém, permanece ali. E à noite, quando se fecham as portas do Paraíso, quando
ninguém vê e ouve, Maria abre a porta do Paraíso e deixa entrar todos. Eis que
nisto vimos a nossa missão, a nossa vocação. Esta vocação à vida contemplativa,
na clausura, hoje não é absolutamente compreendida, mas não importa! Qual é a
essencialidade? Qual é a finalidade desta vida, desta vocação? Creio que seja
justamente isto. E hoje o Papa em poucas palavras nos disse isso. No silêncio,
na escuridão, na noite, quando ninguém vê, ninguém sabe, ninguém ouve, quanta
gente passa diante dos mosteiros de vida contemplativa e nem mesmo sabe quem
está lá dentro e porque estão ali! Neste silêncio, nesta noite, se realiza a
nossa missão, ou seja, poder abrir as portas do Paraíso para que toda a humanidade
possa entrar, todos os homens, irmãos e irmãs que talvez nem mesmo conheçam,
nem mesmo saibam e talvez não tenham o dom fé. Como Maria, abrir a porta; dar
novamente confiança, esperança. Ninguém sabe... mas não importa. Porém, Deus o
sabe, o sabe Maria!".
Fonte: www.radiovaticana.va
..........................................................................................................................................
Nenhum comentário:
Postar um comentário