"Maria é sinal de esperança"
O Papa Francisco
deslocou-se hoje a Castel Gandolfo para ali celebrar na Praça da Liberdade a
Eucaristia da Solenidade da Assunção de Nossa Senhora. Antes da celebração, o
Papa Francisco visitou em modo privado o Convento de Clausura das Clarissas
nesta cidade do Lazio. Trata-se da segunda visita do Papa Francisco às
religiosas. A primeira realizou-se em 14 de julho passado.
Na homilia o Santo Padre começou por recordar o Concílio Vaticano II, que nos
deixou uma belíssima meditação sobre a Bem-Aventurada Virgem Maria: "A
Virgem Imaculada, preservada imune de toda a mancha de culpa original,
terminado o curso da vida terrena, foi elevada ao céu em corpo e alma e
exaltada por Deus como Rainha do universo" (n. 59).
E depois, perto
do fim, ainda podemos ler: "A Mãe de Jesus, assim como, glorificada já em
corpo e alma, é imagem e início da Igreja que se há de consumar no século
futuro, assim também, na terra, brilha como sinal de esperança segura e de
consolação, para o Povo de Deus ainda peregrinante, até que chegue o dia do
Senhor" (n. 68).
À luz deste
belíssimo ícone da nossa Mãe, podemos considerar a mensagem contida nas
leituras bíblicas que acabamos de escutar. Podemos concentrar-nos em três
palavras-chave: luta, ressurreição e esperança.
A passagem do
Apocalipse apresenta a visão da luta entre a mulher e o dragão. A
figura da mulher, que representa a Igreja, é por um lado gloriosa, triunfante,
e por outro ainda com dores de parto. Assim, na verdade é a Igreja: se no Céu
ela já está associada à glória do seu Senhor, na história vive continuamente as
provas e os desafios que comporta o conflito entre Deus e o maligno, o inimigo
de sempre. E esta luta que os discípulos de Jesus devem enfrentar, Maria não
os deixa sozinhos; a Mãe de Cristo e da Igreja está sempre connosco.
Papa na homilia |
"Também
Maria conheceu o martírio da cruz: a Paixão do Filho viveu-a plenamente na
alma. Esteve plenamente unida a Ele na morte, e por isso foi-lhe dado o dom da
ressurreição. Cristo é a primícia dos ressuscitados, e Maria é a primícia dos
redimidos, a primeira "daqueles que são de Cristo".
O Evangelho
sugere-nos a terceira palavra: esperança. Esperança é a virtude de
quem, experimentando o conflito, a luta quotidiana entre a vida e a morte,
entre o bem e o mal, acredita na ressurreição de Cristo, na vitória do Amor. O Magnificat é
o cântico da esperança, é o cântico do Povo de Deus em caminho na história.
"Este
cântico é particularmente intenso onde o Corpo de Cristo sofre hoje a Paixão. E
Maria está lá, próxima a estas comunidades, a estes nossos irmãos, caminha com
eles, sofre com eles, e canta com eles o Magnificat da
esperança."
Angelus
No final da missa
o Papa Francisco propôs a oração do Angelus afirmando o Sim de Maria que abre o
caminho para o Céu. “Aquele sim pronunciado em Nazaré em resposta ao Mensageiro
Celeste que anunciava a vontade de Deus para ela.” “E na realidade é mesmo
assim” - continuou o Papa – “cada sim a Deus é um passo para o Céu, para a vida
eterna”. “Deus quer-nos a todos na Sua casa!”
Assembleia na Praça da Liberdade em Castel Gandolfo |
No final agradeceu a presença de todos, nomeadamente dos habitantes de Castel Gandolfo tendo feito uma saudação especial aos peregrinos vindos da Guiné com o seu bispo, as alunas do Colégio Passionista “Michael Ham” de Vicente Lopez e na Argentina, assim como os jovens da banda de música do Colégio Jesus Rebolledo de Coatepec no México.
Fonte: www.news.va
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