sábado, 30 de março de 2019

28ª Viagem Apostólica:

Papa Francisco partiu para o Marrocos
O Pontífice deixou o Vaticano na manhã deste sábado (30/3) para mais uma Viagem Apostólica, a de número 28 do seu Pontificado. Desta vez Francisco visita o Marrocos, por dois dias, sob o lema: “Papa Francisco: servidor da Esperança”.
Cidade do VaticanoO Papa Francisco partiu do aeroporto romano de Fiumicino às 10:58 (6:58 horário de Brasília) e chegará ao aeroporto de Rabat após três horas de viagem.
Agenda do final de semana
Neste sábado (30), Francisco manterá encontros com o Povo, as autoridades civis e religiosas e o Corpo Diplomático, visitará o Instituto dos Imames pregadores e pregadoras e, por fim, encontrará os Migrantes na sede da Caritas diocesana de Rabat.
Amanhã, domingo (31), o Papa visitará o Centro Rural e Social de Temára e encontrará o Clero e os representantes de outras Igrejas. Logo após o almoço, presidirá à Santa Missa, no conjunto esportivo de Rabat, ponto alto da sua viagem ao Marrocos.
Encontro com migrantes
Antes de partir para o Marrocos, o Papa Francisco encontrou-se nesta manhã, na Casa Santa Marta, no Vaticano,  com um grupo de migrantes marroquinos, hospedados na Itália, pela Comunidade de Sant'Egidio. O grupo era composto por duas famílias, cada uma com duas crianças. Os migrantes foram acompanhados pelo esmoleiro de Sua Santidade, cardeal Konrad Krajewski.
Telegramas do Papa
Durante suas Viagens Apostólicas, o Santo Padre costuma enviar telegramas aos Chefes de Estado dos países sobrevoados. Esta vez, enviou telegramas ao Presidente da Itália, Sergio Mattarella, ao Presidente da França, Emmanuel Macron, e ao Rei da Espanha, Sua Majestade Felipe VI.
O retorno do Papa a Roma está previsto para a noite deste domingo, quando deverá chegar ao aeroporto romano de Ciampino às 21.30 (16:30 hora de Brasília).
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Papa encoraja católicos e cristãos no Marrocos:
Sejam promotores de fraternidade
No seu primeiro discurso oficial, Francisco se dirigiu ao povo do Marrocos e às autoridades em cerimônia de boas-vindas na Esplanada da Mesquita Hassan, em Rabat: "a construção de pontes entre os homens, na perspectiva do diálogo inter-religioso, deve ser encarada sob o signo da convivência, da amizade e da fraternidade”.
Cidade do VaticanoO Santo Padre deixou o Vaticano, na manhã deste sábado (30/3), para mais uma Viagem Apostólica, a de número 28 do seu Pontificado, esta vez, para visitar o Marrocos, por dois dias, sob o lema: “Papa Francisco: servidor da Esperança”. Francisco é o segundo Papa a visitar o Marrocos, depois de São João Paulo II, em 1985: um país de 34 milhões de habitantes, onde os católicos são apenas 23 mil.
Francisco partiu do aeroporto romano de Fiumicino às 11h00 - (7h00 horário de Brasília) - e chegou ao aeroporto de Rabat após três horas de viagem. Durante suas Viagens Apostólicas, o Santo Padre costuma enviar telegramas aos Chefes de Estado dos países sobrevoados. Esta vez, enviou telegramas aos Presidentes da Itália, Sergio Mattarella, e da França, Emmanuel Macron, e ao Rei da Espanha, Sua Majestade Felipe VI.
Papa encontra povo do Marrocos
Ao chegar em terras marroquinas, Francisco dirigiu-se à Esplanada da Mesquita “Tour Hassan II”, em Rabat, para a cerimônia de boas-vindas. Ali, o Santo Padre manteve seu primeiro encontro com o povo marroquino, as autoridades civis e religiosas e o Corpo Diplomático, do qual participaram 25 mil pessoas.
O Santo Padre iniciou seu discurso com a saudação em árabe “As-Salam Alaikum”, desejando a Paz para todos:
“Estou feliz por pisar o solo deste país, rico de muitas belezas naturais, defensor dos vestígios de antigas civilizações e testemunha de uma história fascinante... Esta visita é, para mim, motivo de alegria e gratidão, porque me permite descobrir as riquezas desta terra, deste povo e das suas tradições, como também pela grande oportunidade de promover o diálogo inter-religioso e o conhecimento mútuo entre os fiéis das nossas duas religiões”.
Aqui, o Santo Padre recordou o histórico encontro entre São Francisco de Assis e o Sultão al-Malik al-Kamil, há oitocentos anos. Este evento profético demonstra a coragem deste encontro e da mão estendida que representam “um caminho de paz e harmonia” para a humanidade, em situações onde o extremismo e o ódio são fatores de divisão e destruição. E o Papa acrescentou:
“Desejo que a estima, o respeito e a colaboração entre nós possam contribuir para aprofundar os nossos laços de sincera amizade, a fim de permitir às nossas comunidades preparar um futuro melhor às novas gerações.”
O desafio do diálogo inter-religioso
Naquela terra, ponte natural entre a África e a Europa, o Papa  reiterou a necessidade de unir os esforços, de muçulmanos e católicos, para dar novo impulso à construção de um mundo mais solidário, mais comprometido com um diálogo honesto, corajoso e necessário, no respeito das riquezas e especificidades de cada povo e de cada pessoa:
“Este é um desafio que todos somos chamados a assumir, sobretudo neste tempo em que se corre o risco de fazer das diferenças e mútuo desconhecimento motivos de rivalidade e desagregação.”
Por isso, - afirmou Francisco -, para participar da construção de uma sociedade aberta, pluralista e solidária, é essencial desenvolver e assumir, com constância e sem cessar, a cultura do diálogo, a colaboração como conduta, o conhecimento recíproco como método e critério:
“Eis o caminho que somos convidados a percorrer, sem cessar, para nos ajudar a superar, juntos, as tensões e os mal-entendidos, as máscaras e os estereótipos, que sempre levam ao medo e à contraposição. E assim, abrir alas para um espírito de mútua colaboração frutuosa, com base no respeito.”
Com efeito, disse Francisco, “é indispensável contrapor ao fanatismo e ao fundamentalismo a solidariedade de todos os fiéis, com base nas nossas ações os valores que nos acomunam”. Nesta perspectiva, o Papa irá visitar, logo a seguir, o Instituto Mohammed VI, criado pelo rei Mohammed VI, para imames pregadores e pregadoras, com o objetivo de proporcionar uma formação adequada e sadia contra todas as formas de extremismo, que, muitas vezes, levam à violência e ao terrorismo e constituem uma ofensa à religião e ao próprio Deus. E o Papa ponderou:
“Um diálogo autêntico convida-nos a não subestimar a importância do fator religioso para construir pontes entre os homens e enfrentar com êxito os desafios. De fato, no respeito das nossas diferenças, a fé em Deus nos leva a reconhecer a dignidade e os direitos do ser humano”.
A construção de pontes entre os povos
Acreditamos – afirmou Francisco - que Deus criou os seres humanos iguais em direitos, deveres e dignidade, e os chamou a viver como irmãos, segundo os valores do bem, da caridade e da paz. Por isso, a liberdade de consciência e a liberdade religiosa – que não se limitam à liberdade de culto, mas consente viver segundo a própria convicção religiosa – estão inseparavelmente ligadas à dignidade humana:
“Neste sentido, a construção de pontes entre os homens, na perspectiva do diálogo inter-religioso, deve ser encarada sob o signo da convivência, da amizade e da fraternidade.”
A término do seu primeiro discurso em terras marroquinas, o Santo Padre recordou a grave crise migratória, que constitui para todos um urgente apelo para erradicar suas causas. Sabemos que a consolidação de uma paz verdadeira passa pela busca da justiça social.
Comunidade católica e ação pastoral no Marrocos 
Enfim, falando dos cristãos, que ocupam seu lugar na sociedade marroquina, Francisco disse que “querem colaborar para a edificação de uma nação solidária e próspera e do bem comum”. Aqui, recordou a ação pastoral da Igreja Católica no Marrocos: obras sociais, educação em escolas abertas a estudantes de todas as confissões, religiões e proveniência.
Enfim, encorajou os católicos e os cristãos a serem, no Marrocos, servidores, promotores e defensores da fraternidade humana. Shukran bi-saf! Obrigado a todos!
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Acolhida calorosa para Francisco na visita ao Instituto dos Imames
Calorosa acolhida ao Papa Francisco no Instituto Mohammed VI dos Imames, Pregadores e Pregadoras em Rabat. Sem discursos do Pontífice ou do Rei, o encontro foi marcado pela projeção de um vídeo sobre o Marrocos, pelo testemunho de um estaudante europeu e por música.
Francisco cumprimenta o Rei Mohammed VI
Cidade do Vaticano - Um longo aplauso, com o público em, pé deu as boas-vindas ao Papa Francisco em sua entrada ao lado do rei Mohammed VI, no Instituto que leva o nome do soberano e que é dedicado à formação de imames, pregadores e pregadores, fortemente desejado justamente pelo soberano e inaugurado em 27 de março de 2015. O Papa lá chegou depois de ter proferido seu primeiro discurso oficial e após a visita de cortesia ao Rei no Palácio Real, onde assinou um apelo em favor de Jerusalém.
A narrativa em um vídeo
A história, a organização do Instituto com seus objetivos de orientação religiosa e os programas seguidos pelos alunos, foi apresentado em um vídeo, projetado na grande sala com o acompanhamento de músicas e cantos tradicionais.
Na origem, nas intenções do soberano, a preservação dos fundamentos da religião islâmica, a oferta de serviços rituais e educativos de qualidade e uma formação o mais contínua possível. O Instituto também recebe estudantes estrangeiros da Ásia - com pedidos vindos da Tailândia -, da Europa e sobretudo de toda a África - dado este particularmente significativo, como sublinhou em seu testemunho um estudante nigeriano - uma vez que, especialmente na Nigéria, a manipulação por grupos extremistas é forte e envolve os jovens semeando violência.
"Mudar esta situação -  disse ele - requer a educação das pessoas para os ensinamentos ortodoxos do Islã, e é por este motivo que eu queria aprofundar o conhecimento: para ajudar minha comunidade" e convencê-la de que a religião é pela paz e o bem.
Ameaças à autenticidade da religião
No fundamento do Instituto, por outro lado, um Islã tolerante que olha para a modernidade em contraste com as tendências radicais e o fundamentalismo que ameaçam a autenticidade da religião, mas também o interesse pelo conhecimento e comparação com as outras duas religiões monoteístas em textos específicos, dedicados a particularidades e aspectos comuns.
O vídeo mostrado ao Papa também fala da grande presença de jovens mulheres, da prática que é adotada na mesquita e das implicações que a formação dos estudantes tem em seus países de origem, como contou em seu testemunho também um jovem estudante de origem francesa. "Na minha volta - disse ele - quero colocar ao serviço do meu país e de todos os seus habitantes todas as diferentes competências que adquiri no Instituto; espero colocar em prática e transmitir esse conhecimento e acima de tudo o espírito da paz e transmiti-lo, de amor, de fraternidade e de tolerância".
No final do vídeo, também a saudação do Ministro dos Assuntos Religiosos, que em seu discurso reiterou não somente a história de conhecimento recíproco entre o papado e o reino do Marrocos, mas também a importância da proteção da religião, que está no coração do soberano. do país e, portanto, de uma formação teórica e prática de qualidade.
Calorosa a saudação final ao Pontífice e ao Rei, com a audiência, repleta de jovens de diferentes origens, em pé junto com o coro e a orquestra, cujas notas concluíram o encontro.
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                                                                                                                Fonte: vaticannews.va

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