A religião Católica, como várias outras, não pode ser chamada de religião do livro. Embora a Sagrada Escritura seja entre nós considerada a alma de toda a Teologia. O Papa Bento XVI esclarece, na exortação apostólica Verbum Domini, que o título que nos cabe poderia ser o de uma religião que se expressa como um cântico a diversas vozes. Pois Deus se comunica conosco, seres inteligentes, de diversas formas complementares: ora pelos ensinamentos do Messias, ora pela Bíblia, ora pela história da salvação, ora pela sagrada Tradição. Mas em todas essas modalidades quem é o revelador é a pessoa de Jesus Cristo. Por isso nós somos a religião de uma pessoa, que é a Palavra do Eterno Pai. “O Filho único do Pai foi aquele que o revelou” ( Jo 1, 8). Mas gostaria de comentar uma preciosa forma de revelação, que hoje vem sofrendo um escanteio tático desastroso. Trata-se das maravilhas da Criação, palco da inteligência do Criador, de seu poder, e da harmonia que fez reinar em todo o cosmos.
Arcebispo Emérito de Uberaba (MG)
Fonte: Site da CNBB
Nenhum comentário:
Postar um comentário