sábado, 4 de agosto de 2012

Leituras do Domingo

5 DE AGOSTO DE 2012 - 18º DOMINGO DO TEMPO COMUM – B

1ª Leitura - Ex 16,2-4.12-15       Salmo - 77,3.4bc.23-24.25.54 (R. 24b)      2ª Leitura - Ef 4,17.20-24

Evangelho - Jo 6,24-35

Jesus deixou as multidões e foi para casa. Seus discípulos aproximaram-se dele e disseram: “Explica-nos a parábola do joio!” Jesus respondeu: “Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem. O campo é o mundo. A boa semente são os que pertencem ao Reino. O joio são os que pertencem ao Maligno. O inimigo que semeou o joio é o diabo. A colheita é o fim dos tempos. Os ceifadores são os anjos. Como o joio é recolhido e queimado ao fogo, assim também acontecerá no fim dos tempos: o Filho do Homem enviará os seus anjos e eles retirarão do seu Reino todos os que fazem outros pecar e os que praticam o mal; e depois os lançarão na fornalha de fogo. Ali haverá choro e ranger de dentes. Então os justos brilharão como o sol no Reino de seu Pai. Quem tem ouvidos, ouça”. 



Comentário

Jesus, vendo a multidão faminta, não podia encontrar uma maneira mais adequada de expressar o amor de Deus do que repartir o pão com fartura. O povo está fascinado pelo milagre da multiplicação dos pães. Mas há o perigo de se acomodar e de criar uma dependência no nível do imediato. Jesus desvela este equívoco e mostra que a multiplicação dos pães é um sinal que aponta para a partilha dos bens da criação e para uma dimensão mais profunda do que simplesmente a de comer e ficar saciado.

É muito comum, ao lidarmos com o pobre, o sofredor de rua, por exemplo, imediatamente pensarmos na comida. É como se a pessoa se reduzisse à sua necessidade. A própria pessoa que vive em tal situação acaba condicionando suas relações ao fato de precisar receber alimento ou qualquer outra coisa que satisfaça sua necessidade imediata. A convivência e a amizade com estas pessoas, no entanto, nos ajudam a descobrir que elas, além de fome, têm história, têm sonhos e desejos, sentem saudade, têm fé e têm capacidade de escolher. O pão é muito importante, mas o fundamental é que a pessoa se sinta gente e possa se expressar, possa decidir a sua vida e dar de si, mesmo vivendo em situação-limite.

O sinal que Jesus realiza é um convite à generosidade como resposta ao amor de Deus, manifestado nele. Não é apenas doação de alguma coisa (o pão), mas proposta de uma relação amorosa que deve levar a uma entrega aos outros, como Jesus fez. Na celebração, repartindo o pão em memória da entrega de Jesus, acolhemos o amor de Deus que se manifesta em todo gesto de partilha e de solidariedade. Que ele nos renove e nos consagre totalmente na escola do seu serviço.
                                                                                                          Fonte: Site da Revista de Liturgia

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