terça-feira, 7 de julho de 2015

Francisco:
"Lutar pela inclusão e confiar o coração sem medo"

Quito (RV) – O Parque do Bicentenário ficou completamente lotado na manhã desta terça-feira (07/07) em Quito, no Equador, aonde o Papa celebrou uma missa campal. Situado na zona norte da capital, o parque é a maior área verde da cidade, com 125 hectares, no terreno anteriormente ocupado pelo aeroporto. Foi inaugurado em 2013, para comemorar duzentos anos de independência do país, e seu projeto contempla ainda a construção de campos esportivos, museus, áreas culturais e de lazer.
Concelebraram com Francisco cerca de 40 bispos locais, inclusive os eméritos, e no final da missa, tomou a palavra o Arcebispo de Quito, Dom Gabriel Trávez Trávez, OFM. 
O carinho envolvedor dos equatorianos 
Como sempre, o Papa foi acolhido pela multidão com aplausos e manifestações de afeto. Milhares de fiéis, muitos dos quais passaram a noite no local, lançavam pétalas e agitavam bandeiras com o rosto do Pontífice. Muitos erguiam terços, cruzes e outros objetos na passagem do papamóvel. Em seu trajeto, o Papa fez uma breve parada para abençoar uma senhora cadeirante. 
Segundo o Padre Richard Ordóñez, porta-voz da Arquidiocese de Quito, cerca de 2.000 pessoas, entre leigos e religiosos, distribuíram a comunhão. O primeiro canto entoado foi "Equador abre as portas ao  redentor”, o mesmo utilizado há 30 anos, quando João Paulo II visitou o país.   
A homilia
O Pontífice iniciou a homilia da missa ‘pela evangelização dos povos’ com a afirmação que “a palavra de Deus convida-nos a viver a unidade, para que o mundo acredite” e relacionou o sussurro de Jesus na Última Ceia com o grito da Independência da Hispano-América, um grito nascido da consciência da falta de liberdade, de estarmos sendo espremidos e saqueados, “sujeitos às conveniências dos poderosos de turno”.
A presença de Jesus em nosso meio nos impele à unidade
“Nós todos juntos, aqui reunidos à volta da mesa com Jesus, somos um grito, um clamor nascido da convicção de que a sua presença nos impele para a unidade, indica um horizonte estupendo, oferece um banquete apetecível”, lembrou o Papa à multidão de fiéis que o ouviram em silêncio. “Nossa resposta deve repetir o clamor de Jesus e aceitar a graça e a tarefa da unidade”, completou.
Continuando, explicou que Jesus nos enviou a este mundo desafiador e dilacerado pelas guerras e a violência que ele mesmo experimentou na sua própria carne: intrigas, desconfianças e traição no dia-a-dia.  E o comparou com aquele grito de liberdade que prorrompeu há pouco mais de 200 anos:
“A história conta-nos que só se tornou contundente quando deixou de lado os personalismos, o afã de lideranças únicas, a falta de compreensão de outros processos libertadores com características diferentes, mas não por isso antagônicas”.
Neste sentido, o Papa questionou: “Poderá a evangelização ser veículo de unidade de aspirações, sensibilidades, esperanças e até de certas utopias? É claro que sim; isso mesmo acreditamos e gritamos. Como disse uma vez, “enquanto no mundo, especialmente em alguns países, se reacendem várias formas de guerras e conflitos, nós, cristãos, insistimos na proposta de reconhecer o outro, de curar as feridas, de construir pontes, de estreitar laços e de nos ajudarmos a carregar as cargas uns dos outros”.
Somos chamados a fazer parte do "nós" divino
“Daí a necessidade, explicou, de lutar pela inclusão em todos os níveis, evitando egoísmos, promovendo a comunicação e o diálogo, encorajando a colaboração. É preciso confiar o coração ao companheiro de estrada, sem medo nem ceticismo. A unidade é impensável se a mundanidade espiritual nos faz estar em guerra uns com os outros, na busca estéril do poder, do prestigio, do prazer ou da segurança econômica. E isto às custas dos mais pobres, dos mais excluídos, dos mais indefesos, dos que não perdem a sua dignidade embora esta seja pisoteada todos os dias”.
“A evangelização não consiste em fazer proselitismo, o proselitismo é uma caricatura da evangelização, mas em atrair os afastados com o nosso testemunho, em aproximar-se humildemente daqueles que se sentem longe de Deus e da Igreja, daqueles que se sentem condenados ‘a priori’ por aqueles que se sentem perfeitos e puros; aproximar-se daqueles que têm medo ou dos indiferentes, para lhes dizer: ‘O Senhor também te chama para seres parte do seu povo, e fá-lo com grande respeito e amor’”.  
O Papa também lembrou que a evangelização “também não é um arranjo feito à nossa medida, no qual ditamos as condições, escolhemos alguns membros e excluímos os outros. Jesus reza para que façamos parte duma grande família, na qual Deus é nosso Pai e todos nós somos irmãos. Isto não se fundamenta no fato de ter os mesmos gostos, as mesmas preocupações, os mesmos talentos. Somos irmãos porque Deus nos criou por amor e, por pura iniciativa Dele, nos destinou para sermos seus filhos”.  Somos irmãos, porque, justificados pelo sangue de Cristo Jesus passamos da morte à vida, fazendo-nos ‘co-herdeiros’ da promessa. Esta é a salvação que Deus realiza e a Igreja alegremente anuncia: fazer parte do ‘nós’ divino”.
Concluindo, Francisco afirmou que seria belo se todos pudessem admirar como nos preocupamos uns pelos outros; como mutuamente nos animamos e fazemos companhia. “Em qualquer doação, é a própria pessoa que se oferece. ‘Dar-se’ significa deixar atuar em si mesmo toda a força do amor que é o Espírito de Deus e, assim, dar lugar à sua força criadora. Dando-se, o homem volta a encontrar-se a si mesmo com a sua verdadeira identidade de filho de Deus, semelhante ao Pai e, como Ele, doador de vida, irmão de Jesus, de Quem dá testemunho. Isto é evangelizar, esta é a nossa revolução – porque a nossa fé é sempre revolucionária – este é o nosso grito mais profundo e constante”. (CM)
Confira a homilia na íntegra no site da Rádio Vaticano.
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Papa a educadores e estudantes: 
Uma educação que forme espírito crítico, capaz de cuidar do mundo atual


Neste terceiro dia em solo equatoriano, após presidir uma missa no Parque do Bicentenário em Quito para milhares de fieis, o Papa Francisco encontrou o mundo da educação do Equador. Após uma pausa para o almoço e breve descanso na Nunciatura, o Santo Padre dirigiu-se à Pontifícia Universidade Católica do Equador, fundada em 1946, de propriedade da Arquidiocese de Quito, e confiada aos jesuítas desde sua fundação.
O encontro foi realizado num campo com capacidade para acolher cerca de cinco mil pessoas. Na acolhida de Francisco, não faltaram bênçãos a crianças e doentes, selfies, abraços e muitos, muitos buquês e pétalas de flores, forma que os equatorianos têm de expressar sua afeto e carinho por uma pessoa que lhes é muito cara.
Ao som de cantos, Francisco foi acolhido pelo Reitor do Ateneu e saudado pelo Bispo de Loja e Presidente da Comissão Episcopal para a Educação e a Cultura, Dom José Espinoza Mateus. Após a entrega de dons, foi rezada uma oração de São Miguel Febres Cordero FSC, educador equatoriano falecido em 1854, seguida pelos testemunhos de uma estudante, de uma professora e do reitor da Universidade de Cuenca. Após, proferiu o seu quinto pronunciamento desta primeira etapa da viagem à América Latina.
Somos chamados a participar
e cuidar da obra criadora, protegê-la, guardá-la
Para ilustrar a linha de raciocínio de seu discurso, iniciado com os verbos “cultivar e cuidar” - citados no Livro do Gênesis e na Parábola do Semeador -, Francisco usou inúmeras citações contidas na sua recente Encíclica Laudato Si. As palavras “cultivar” e “cuidar”,  “andam de mãos dadas, disse ele. Não cultiva quem não cuida, não cuida quem não cultiva. Somos convidados não somente a participar na obra criadora cultivando-a, fazendo-a crescer, desenvolvendo-a, mas também a cuidá-la, protegê-la e guardá-la”.
Francisco reitera que este convite impõe-se forçosamente, "já não como uma mera recomendação, mas como uma necessidade, devido ao mal que provocamos à terra devido ao uso irresponsável e do abuso dos bens que Deus nela colocou”.
A relação entre a nossa vida e a da nossa mãe terra - alertou o Papa – é uma relação que encerra uma possibilidade tanto de abertura, transformação e vida, como de destruição e morte:
“Uma coisa é clara! Não podemos continuar a desinteressar-nos da nossa realidade, dos nossos irmãos, da nossa mãe terra. Não nos é lícito ignorar o que está a acontecer ao nosso redor, como se determinadas situações não existissem ou não tivessem nada a ver com a nossa realidade. Não cessa de ecoar, com força, esta pergunta de Deus a Caim: «Onde está o teu irmão?» Eu me interrogo se a nossa resposta continuará a ser: «Sou, porventura, guarda de meu irmão?» (Gn 4, 9)”.
O Papa observou, que neste contexto universitário, seria bom se interrogar sobre a nossa educação a respeito desta terra que clama ao céu. Os nossos centros educativos – disse ele - são uma sementeira, uma possibilidade, terra fértil que devemos cuidar, estimular e proteger. Terra fértil, sedenta de vida. E perguntou aos educadores:
“Velais pelos vossos alunos, ajudando-os a desenvolver um espírito crítico, um espírito livre, capaz de cuidar do mundo atual? Um espírito que seja capaz de procurar novas respostas para os múltiplos desafios que a sociedade nos coloca? Sois capazes de os estimular para não se desinteressarem da realidade que os rodeia? Como entra, nos currículos universitários ou nas diferentes áreas do trabalho educativo, a vida que nos rodeia com as suas perguntas, interpelações, controvérsias? Como geramos e acompanhamos o debate construtivo que nasce do diálogo em prol de um mundo mais humano? O diálogo, esta palavra ponte, que cria pontes”.
O Papa lançou outro questionamento, para uma situação que envolve a todos, famílias, centros educativos, professores:
“Como ajudamos os nossos jovens a não olhar um grau universitário como sinônimo de maior posição, dinheiro, prestígio social? Não são sinônimos. Ajudamos a ver esta preparação como sinal de maior responsabilidade perante os problemas de hoje, perante o cuidado do mais pobre, perante o cuidado do meio ambiente?”
Dirigindo-se aos jovens presentes, “semente de transformação desta sociedade equatoriana”, Francisco observou que “este tempo de estudo não é só um direito, mas um privilégio que tendes”, chamando então a atenção para o fato dos tantos “amigos, conhecidos ou desconhecidos”, que gostariam “de ter um lugar nesta casa, mas, por várias circunstâncias, não conseguiram. Em que medida o nosso estudo nos ajuda a ser solidários com eles?”, questionou.
O Santo Padre ressaltou então o papel fundamental e essencial das comunidades educativas na construção da cidadania e da cultura. “Não basta realizar análises, descrições da realidade; é necessário gerar as áreas, espaços de verdadeira pesquisa, debates que gerem alternativas para as problemáticas especialmente de hoje”, exortou.
Perante a globalização do paradigma tecnocrático que tende a “crer que toda a aquisição de poder seja simplesmente progresso, aumento de segurança, de utilidade, de bem-estar, de força vital, de plenitude de valores, como se a realidade, o bem e a verdade desabrochassem espontaneamente do próprio poder da tecnologia e da economia”, disse o Pontífice, citando a Laudato Si:  
“Nos é pedido, com urgência, que nos animemos a pensar, a debater sobre a nossa situação atual, sobre o tipo de cultura que queremos ou pretendemos não só para nós, mas também para os nossos filhos, para os nossos netos. Esta terra, recebemo-la como herança, como um dom, como um presente. Nos fará bem interrogarmo-nos: Como queremos deixá-la? Qual é a orientação, o sentido que queremos dar à existência? Com que finalidade passamos por este mundo? Para que lutamos e trabalhamos?”
As iniciativas individuais – disse Francisco - são sempre boas e fundamentais, mas nos é pedido para dar um passo mais: animar-nos a olhar a realidade organicamente e não de forma fragmentária; a fazer perguntas que nos envolvam a todos, uma vez que «tudo está interligado».
Francisco concluiu, fazendo uma invocação ao Espírito Santo, para ser “nosso mestre e companheiro de viagem”, fazendo-se um conosco para encontrarmos caminhos de vida nova”. (JE)
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Papa apresenta
valores da família como modelo para relações na sociedade

Quito (RV) – Após deixar a Pontifícia Universidade Católica do Equador, o Papa Francisco dirigiu-se de papamóvel até a Igreja de São Francisco, distante 4 km, para o encontro com a sociedade civil. O Prefeito de Quito, que aguardava diante da Igreja, entregou ao Pontífice as chaves da cidade, sem discurso. O Padre Guardião da comunidade franciscana acolheu o Papa na igreja, uma das mais importantes construções históricas da capital equatoriana.
O imponente complexo da Igreja e do Convento de São Francisco, constitui a construção religiosa mais antiga de toda América Latina, de grande significado simbólico para as populações indígenas, enquanto sede dos comandos militares Inca e Caranqui. A construção teve início em 1536, três anos após a fundação de Quito, sendo concluída em 1680. O complexo abriga 3.500 obras de arte colonial da Escola de Quito, uma riquíssima biblioteca franciscana, entre outras preciosidades culturais e religiosas.
Família, presente maravilhoso de Deus
No encontro com o Papa Francisco, estavam representados protagonistas da sociedade nos campos da cultura, da economia, do empreendimento industrial e rural, do voluntariado, do esporte, além de representantes das populações indígenas amazônicas. O Santo Padre foi saudado pelo Arcebispo de Cuenza e Presidente da Comissão para os Leigos da CEE, Dom Cabrera Herrera. Três leigos – um homem e duas mulheres deram seus testemunhos.
O Papa afirmou “sentir-se em casa” na Igreja São Francisco de Quito, e aproveitou a acolhida para apresentar “algumas chaves de convivência cívica, a começar pela vida família”:
“A nossa sociedade ganha, quando cada pessoa, cada grupo social se sente verdadeiramente de casa. Numa família, os pais, os avós, os filhos são de casa; ninguém fica excluído. Se alguém tem uma dificuldade, mesmo grave, ainda que seja por culpa dele, os outros correm em sua ajuda, apoiam-no; a sua dor é de todos. Não deveria ser assim também na sociedade? E, no entanto, as nossas relações sociais ou o jogo político baseiam-se muitas vezes na luta, no descarte. A minha posição, a minha ideia, o meu projeto consolidam-se, se for capaz de vencer o outro, de me impor. Isto é ser família? Nas famílias, todos contribuem para o projeto comum, todos trabalham para o bem comum, mas sem anular o indivíduo; pelo contrário, sustentam-no, promovem-no. As alegrias e as penas de cada um são assumidas por todos. Isto é ser família!”.
“Oh se pudéssemos ver o adversário político, o vizinho de casa com os mesmos olhos com que vemos os filhos, esposas ou maridos, pais ou mães! – exclamou o Papa, perguntando:
“Amamos a nossa sociedade? Amamos o nosso país, a comunidade que estamos tentando construir? Amamo-la nos conceitos proclamados, no mundo das ideias? Amemo-la mais com as obras do que com as palavras! Em cada pessoa, em sua situação concreta, na vida que compartilhamos. O amor tende sempre à comunicação; nunca ao isolamento”.
Francisco observou que a partir deste afeto, surgirão gestos simples que fortalecem os vínculos pessoais, ressaltando que no âmbito familiar, as pessoas recebem os valores fundamentais do amor, da fraternidade e do respeito mútuo, que se traduzem em valores sociais fundamentais: a gratuidade, a solidariedade e a subsidiariedade:
“Para os pais, todos os filhos, embora cada um tenha a sua índole própria, são igualmente adoráveis. Mas, quando a criança se nega a partilhar o que recebe gratuitamente deles, quebra esta relação. O amor dos pais ajuda-o a sair do seu egoísmo, para que aprenda a viver com os demais, a ceder para se abrir ao outro. No âmbito social, isto supõe assumir que a gratuidade não é complementar, mas requisito necessário da justiça. O que somos e temos foi-nos confiado para o colocarmos ao serviço dos outros; a nossa tarefa é fazer com que frutifique em boas obras. Os bens estão destinados a todos e, embora uma pessoa ostente o seu título de propriedade, sobre eles pesa uma hipoteca social”.
Desta forma – disse o Pontífice -  o conceito econômico de justiça, baseado no princípio de compra-venda, é superado pelo conceito de justiça social, que defende o direito fundamental da pessoa a uma vida digna. O Papa alertou que a exploração dos recursos naturais, tão abundantes no Equador, não deve apostar no benefício imediato.
“Ser administradores desta riqueza que recebemos compromete-nos com a sociedade no seu conjunto e com as gerações futuras, às quais não poderemos legar este património sem o devido cuidado do meio ambiente, sem uma consciência de gratuidade que brota da contemplação do mundo criado. Hoje estão aqui conosco irmãos dos povos indígenas da Amazônia Equatoriana. Lá o Equador – juntamente com os outros países detentores de faixas amazónicas – tem uma oportunidade para exercer a pedagogia duma ecologia integral. Recebemos o mundo como herança dos nossos pais, mas também como empréstimo das gerações futuras, a quem o temos de devolver”.
Da fraternidade vivida na família, nasce a solidariedade na sociedade, que não consiste apenas em dar ao necessitado, mas em sermos responsáveis uns pelos outros. Se virmos no outro um irmão, ninguém pode ficar excluído, marginalizado.
O respeito pelo outro que se aprende na família traduz-se - frisou o Santo Padre - na esfera social, em subsidiariedade. Assumir que a nossa opção não é necessariamente a única legítima é um sadio exercício de humildade:
“Ao reconhecer a parte boa que há nos outros, mesmo com as suas limitações, vemos a riqueza que encerra a diversidade e o valor da complementaridade. Os homens, os grupos têm direito de percorrer o seu caminho, ainda que isso às vezes suponha cometer erros. No respeito da liberdade, a sociedade civil é chamada a promover cada pessoa e agente social, para que possa assumir o seu papel e contribuir, a partir da sua especificidade, para o bem comum. O diálogo é necessário, fundamental para chegar à verdade, que não pode ser imposta, mas procurada com sinceridade e espírito crítico”.
Numa democracia participativa, cada uma das forças sociais, os grupos indígenas, os afro-equatorianos, as mulheres, os grupos de cidadãos e quantos trabalham para a comunidade nos serviços públicos são protagonistas imprescindíveis neste diálogo. No-lo dizem com a maior eloquência as paredes, pátios e claustros deste lugar: baseada sobre elementos da cultura Inca e Caranqui, a beleza das suas proporções e formas, o arrojo dos seus diferentes estilos combinados de modo notável, as obras de arte designadas pelo nome de «escola quitenha», condensam um longo diálogo, com sucessos e fracassos, da história equatoriana. O hoje está cheio de beleza, e se é verdade que no passado houve erros e abusos – como negá-lo? – podemos afirmar que a amálgama irradia tanta exuberância que nos permite olhar o futuro com muita esperança.
Também a Igreja quer colaborar na busca do bem comum, com as suas atividades sociais e educativas, promovendo os valores éticos e espirituais, sendo um sinal profético que leve um raio de luz e esperança a todos, especialmente aos mais necessitados.
Concluído o encontro com a sociedade civil, Francisco visitou de forma privada a “Igreja da Companhia”, onde estavam presentes alguns jesuítas da comunidade local. (JE)
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                                                                            Fonte: radiovaticana.va       news.va

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