Papa Francisco:
"Sem amor, a solidariedade
é vã"
Cidade do
Vaticano (RV) – Mais de 80 mil pessoas lotaram a Praça S. Pedro na manhã
desta quarta-feira para a Audiência Geral com o Papa Francisco.
Às 9h45, o Papa
já estava na Praça para receber e retribuir o carinho dos fiéis. Por cerca de
meia-hora, a bordo do seu jipe, Francisco abençoou a multidão, beijou as
crianças e conversou com os inúmeros grupos.
Prosseguindo sua
reflexão da semana passada, quando falou da “comunhão dos santos” que
professamos no Credo, hoje aprofundou outro aspecto desta realidade, isto é, a
comunhão nas coisas santas, ou seja, a comunhão dos bens espirituais nos
sacramentos, nos carismas e na caridade.
A comunhão entre
os cristãos cresce mediante a participação aos bens espirituais, explicou o
Pontífice.
A vida tem valor se vivida para amar a Deus e ao próximo |
Na comunhão dos
Sacramentos, há uma comunhão profunda e efetiva entre nós, porque neles
encontramos Cristo e através Dele, os nossos irmãos.
Na confissão,
por exemplo, “não devemos ter medo do padre, porque é Jesus que encontramos no
Sacramento”, disse o Papa. Assim, cada encontro com Cristo é um convite a ir ao
encontro dos outros, levando esta salvação que se pode ver, tocar e receber; e
que é crível porque é amor. Deste modo, os Sacramentos nos levam a ser
missionários, a levar o Evangelho a cada ambiente, inclusive àqueles mais
hostis.
Depois, há os
carismas: são predisposições, inspirações e impulsos interiores que surgem na
consciência e na experiência das pessoas para ser postos ao serviço da
comunidade. “Deve-se duvidar dos carismas que servem para afirmar a si mesmos”,
advertiu o Santo Padre, pois não são dados em benefício de quem os recebe, mas
para o bem de todo o Povo de Deus. “Todos somos chamados a respeitar os
carismas em nós e nos outros, como nos recomendou São Paulo: ‘Não apagueis o
Espírito’.”
Finalmente, a
comunhão na caridade: não uma “caridadezinha” para descargo de consciência, mas
uma comunhão que nos leva a entrar de tal maneira nas alegrias e nas dores
alheias que assumimos sinceramente como nossas.
Rezai sempre! |
Sem o amor, de
fato, inclusive os dons mais extraordinários são vãos, enquanto o menor dos
nossos gestos de amor tem bons efeitos para todos! “Com frequência somos muito
áridos, indiferentes, distantes e ao invés de transmitir fraternidade,
transmitidos mal humor, frieza e egoísmo. Abramo-nos à comunhão com Jesus nos
sacramentos, nos carismas e na caridade, para vivermos de maneira digna da
nossa vocação cristã.”
No final da
catequese, o Papa emocionou a Praça ao pedir um ato de caridade (tranquilizando
os fiéis de que não se tratava de uma coleta) e rezar por uma menina de um ano
e meio, muito doente, que Francisco conheceu momentos antes da Audiência.
Saudando os
grupos presentes na Praça, o Pontífice se dirigiu aos fiéis de língua
portuguesa cumprimentando em modo especial os peregrinos de Bauru (SP) e de São
Bernardo do Campo (SP).
Por fim,
recordou que este mês de novembro é dedicado à memória e à oração pelos
defuntos – uma oportunidade para considerar de maneira mais aprofundada o
significado da existência terrena e o valor da vida eterna. “Que esses dias
sejam para todos um estímulo a compreender que a vida tem valor se vivida para
amar a Deus e o próximo.” (BF
Fonte: www.radiovaticana.va www.news.va
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