sábado, 30 de novembro de 2013

Leituras do Domingo

1º do Tempo do Advento


1ª Leitura: Is 2,1-5                     Salmo: 122(121)                   2ª Leitura: Rm 13,11-14
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EvangelhoMt 24,37-44


Vigilância constante, de dia e à noite
“A vinda do Filho do Homem será como no tempo de Noé. Nos dias antes do dilúvio, todos comiam e bebiam, homens e mulheres casavam-se, até o dia em que Noé entrou na arca. E nada perceberam até que veio o dilúvio e arrastou a todos. Assim acontecerá também na vinda do Filho do Homem. Dois homens estarão trabalhando no campo: um será levado e o outro será deixado. Duas mulheres estarão moendo no moinho: uma será levada e a outra será deixada. Vigiai, portanto, pois não sabeis em que dia virá o vosso Senhor. Ficai certos: se o dono de casa soubesse a que horas da noite viria o ladrão, vigiaria e não deixaria que sua casa fosse arrombada. Por isso, também vós, ficai preparados! Pois na hora em que menos pensais, virá o Filho do Homem.”
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Reflexão
A passagem evangélica deste primeiro domingo do advento insere-se no conjunto do capítulo 24 de Mateus, quando Jesus sai do templo e volta a contemplá-lo a certa distância. Simbolicamente Jesus deixa o templo para trás e se reúne com os seus discípulos, a nova comunidade.
Os discípulos admiram a beleza do templo. Jesus parte da admiração dos discípulos e fala da destruição do templo (v.1-2). Os discípulos parecem fundir e confundir duas coisas: a destruição do templo e o fim do mundo, quando virá o Messias. 
Todo o discurso que segue revela que o julgamento de Deus e a manifestação da vinda do Senhor não acontecem somente no final de tudo, mas a cada instante da vida, na vida cotidiana e nos acontecimentos maiores da história. O desafio que se coloca é viver em atitude de vigilância, no meio das incertezas.
No texto lido hoje na liturgia (v.37-45). Jesus compara a sua geração com a do dilúvio, acomodada à sua vida habitual, sem perceber os sinais dos tempos. Conclui que a qualquer momento pode acontecer uma separação inesperada, onde um será tomado e o outro deixado. Diante disso, no lugar de curiosidade em relação ao futuro a palavra de ordem é vigiar.
Mais do que nunca, este tempo em que vivemos pede vigilância e capacidade de discernimento para reconhecer nos acontecimentos manifestações do reino. Os sinais negativos e dolorosos podem ser um alerta para nos darmos conta da fragilidade da vida e da nossa responsabilidade perante a história. O desmoronar de estruturas aparentemente seguras, podem ser indicadoras de um novo mundo a ser criado e de caminhos a serem percorridos para construí-lo. Mas o reino se identifica com os sinais positivos. É possível que nos meio de tantas incertezas um mundo novo esteja acontecendo na vida de tanta gente que é capaz de viver o amor como antídoto do ódio e da vingança, no esforço pela emancipação dos povos, nos progressos da ciência e da comunicação que atuam em defesa da vida.     
Neste primeiro domingo, acendendo a vela da coroa, somos reanimados na fé de Jesus para anunciar um mundo novo e a encontrar as razões da nossa esperança. O Pai nos convida a depositar nossa confiança, não em nossas forças, nem nas forças armadas, mas na força do amor que vence a violência e a morte.  Pede que estejamos desarmados como o seu filho quando entrou em nossa história.      
  Reflexão: revistadeliturgia.com.br   Banner: cnbb.org.br    Ilustração: franciscanos.org.br
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