sábado, 9 de novembro de 2013

Leituras do Domingo - 10 de novembro de 2013

32º do Tempo Comum


1ª Leitura: 2Mc 7,1-2.9-14             Salmo: 17(16)           2ª Leitura: 2Ts 2,1-2.16-3,5
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EvangelhoLc 20, 27-38

Nosso Deus é Deus dos vivos
Aproximaram-se de Jesus alguns saduceus, os quais negam a ressurreição, e lhe perguntaram: “Mestre, Moisés deixou-nos escrito: ‘Se alguém tiver um irmão casado e este morrer sem filhos, deve casar-se com a mulher para dar descendência ao irmão’. Ora, havia sete irmãos. O primeiro casou e morreu, sem deixar filhos. Também o segundo e o terceiro se casaram com a mulher. E assim os sete: todos morreram sem deixar filhos. Por fim, morreu também a mulher. Na ressurreição, ela será esposa de qual deles? Pois os sete a tiveram por esposa”. Jesus respondeu-lhes: “Neste mundo, homens e mulheres casam-se, mas os que forem julgados dignos de participar do mundo futuro e da ressurreição dos mortos não se casam; e já não poderão morrer, pois serão iguais aos anjos; serão filhos de Deus, porque ressuscitaram. Que os mortos ressuscitam, também foi mostrado por Moisés, na passagem da sarça ardente, quando chama o Senhor de ‘Deus de Abraão, Deus de Isaac e Deus de Jacó’. Ele é Deus não de mortos, mas de vivos, pois todos vivem para ele”.
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Reflexão
Jesus lembra-nos no Evangelho deste 32º Domingo do Tempo Comum C, a propósito dos que morreram, que Deus é Deus de vivos. Os que morrem não desaparecem, porque a alma humana é imortal. Até os povos pagãos acreditavam na imortalidade. O culto dos mortos entre os antigos fala dessa certeza que a própria razão humana pode descobrir.
Nós cristãos, porém, sabemos muito mais acerca da vida para além da morte, porque Jesus nos ensinou. No Credo dizemos: Creio na vida eterna. Sabemos o que nos espera depois deste caminhar pelo mundo. Sabemos que a vida de verdade é a que vem depois: uma vida que não tem fim, uma vida que já não tem as limitações da vida terrena, pois seremos como os anjos de Deus (Lucas 20, 27-38).
Já não viveremos como numa tenda, mas numa habitação eterna que Deus preparou para nós. Vale a pena olhar a morte com a fé e a esperança de quem se sabe filho de Deus e com a certeza de ir encontrar-nos com Ele na felicidade plena que sonhamos aqui na terra.
No Evangelho vemos que Jesus fez a maioria dos milagres a favor dos doentes que vinham ter com Ele. Mandou os Apóstolos com poder para curar os enfermos, ungindo-os com azeite.
Jesus continua a ter um carinho especial pelos doentes. E a Igreja, no sacramento da Unção dos Enfermos, quer muitas vezes dar-lhes a saúde, quer dar aos doentes a alegria na doença, a fortaleza e a serenidade para enfrentar o sofrimento e a morte. Quer uni-los de modo especial à Paixão e Morte do Senhor, enchendo-os de consolação e animando-os a colaborar com Ele na salvação do mundo.
A Santa Unção é um sacramento que os cristãos devem apreciar muito e pedi-lo com prontidão quando estão doentes ou já chegaram à velhice.
Devemos procurar que os nossos amigos e familiares o recebam quando vão para o hospital ou estão de cama na sua casa. E não deixar para quando já estão às portas da eternidade. Até porque é um sacramento para dar a cura do corpo quando é para bem da alma. Além disso, os sacramentos dão ao doente essa boa disposição que é tão importante para a cura do corpo.
A primeira leitura, do 2 Livro dos Macabeus (2 Macabeus, 7,1-2. 9-14) relata a valentia dos sete jovens macabeus e sua mãe para serem fieis a Deus. Não tiveram medo de morrer no meio de grandes tormentos, quando era tão fácil evitá-los. Tinham a sua alma iluminada pela fé e pela esperança na vida eterna.
Assim fizeram os mártires nos primeiros séculos da Igreja. Dirigiam-se para o martírio alegres, como quem ia para uma festa. Sabiam que «os sofrimentos do tempo presente não têm comparação com a glória que se há de manifestar em nós» (Romanos 8, 18). Assim, ainda hoje, em tantas partes do mundo, fazem os mártires cristãos de nossos dias.
Este exemplo de alegria e valentia foi e ainda hoje é ocasião para muitos pagãos se converterem à fé cristã. Ela é a única que pode dar sentido à vida e à morte. Só Cristo tem palavras de vida eterna (Cf. Jo 6, 69).
Nós cristãos não morremos à toa. Se vivermos a sério a nossa amizade com Jesus, se procurarmos comportar-nos em todo o momento como filhos de Deus, não teremos medo da morte, que será para nós a porta que se abre para o Céu.
                 Dom Antonio Carlos Rossi Keller - Bispo de Frederico Westphalen (RS)
          Reflexão: cnbb.org.br    Banner: cnbb.org.br    Ilustração: www.franciscanos.org.br
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